O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tomou a decisão de excluir a participação da Polícia Federal (PF) no tradicional desfile cívico-militar do dia 7 de Setembro deste ano. Historicamente, a Polícia Federal sempre teve presença marcante nesse evento, mas o governo atual está buscando uma “despolitização” do Dia da Independência do Brasil. O anúncio foi feito pelo diretor-geral da PF, Andrei Passos, que explicou a medida para as superintendências estaduais.
Conforme o comunicado, embora a Polícia Federal não desfile como corporação no evento, membros da instituição ainda terão a possibilidade de participar da solenidade caso sejam convidados pela comitiva das autoridades de seus respectivos Estados. A decisão se baseia em uma diretriz recebida do Cerimonial da Presidência da República, visando a padronização em nível nacional.
O comunicado enfatiza que os dirigentes das Unidades da PF não manifestaram objeções em relação à exclusão da corporação do desfile, desde que os membros possam integrar o dispositivo de autoridades, caso convidados.
O governo Lula almeja um desfile de 7 de Setembro mais simplificado em comparação às cerimônias vistas durante o mandato anterior, sob Jair Bolsonaro (PL). A medida é parte de um esforço para evitar a politização excessiva do evento e assegurar uma atmosfera de unidade nacional.
O esquema de segurança planejado para o dia 7 de Setembro seguirá uma abordagem semelhante à adotada na posse presidencial de Lula. Haverá um controle rigoroso na entrada e saída da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, onde a cerimônia ocorrerá. O governo do Distrito Federal (GDF) também reforçará as medidas de segurança para o evento.
O governo federal e o GDF avaliam que não haverá uma grande mobilização de eleitores do ex-presidente Bolsonaro, nem de seus antagonistas, durante o desfile. Entretanto, a decisão é baseada na prevenção de possíveis atos de violência, similares aos ocorridos durante a diplomação de Lula, em 12 de dezembro, e principalmente os episódios de depredação e invasão dos edifícios dos Três Poderes, ocorridos em 8 de janeiro.
Nos anos recentes, o 7 de Setembro ganhou destaque por conta dos grandes eventos promovidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, tornando-se um momento de manifestação política intensa. Agora, sob a gestão de Lula, a ênfase parece ser colocada na unificação da data em torno dos princípios da independência do país, com a exclusão de elementos que poderiam polarizar o evento.
