Na reta final da aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional), que viabilizará o retorno do Auxílio Emergencial, em uma nova rodada de pagamentos em 2021, uma medida do governo vem preocupando entidades que defendem o retorno do benefício para a população mais carente. Trata-se do impedimento do cadastro para as pessoas que não receberam o auxílio em 2020.
Se a Câmara manter essa proposta do governo, os brasileiros que por alguma razão não foram cadastrados no Dataprev no ano passado, não poderão receber o novo auxílio emergencial. A polêmica se dá pelo fato de que, é possível que muitas pessoas não precisaram do benefício durante a primeira onda da pandemia, por terem continuado trabalhando, ou em outro caso, estavam recebendo o Seguro Desemprego, ou qualquer outro benefício que o impedisse de receber o auxílio. No entanto, essa realidade pode ter mudado em 2021, e o mesmo indivíduo pode estar em situação de vulnerabilidade.
Apesar das manifestações, a equipe econômica do governo segue irredutível nessa questão. A expectativa é que cerca de 45 milhões de brasileiros sejam beneficiados com o novo auxílio emergencial, o que representa 11 milhões a menos do que no ano passado.
A discussão segue agora na Câmara dos Deputados, que deve decidir, inclusive, sobre o valor do benefício. A equipe do governo propôs o pagamento de quatro parcelas mensais de R$ 250. Estes valores podem chegar a R$ 375, para mães e pais solteiros, e R$ 150, em caso de famílias com um único membro.