O Instituto de Defesa da Proteção de Dados Pessoais, Compliance e Segurança da Informação (Instituto Sigilo) se manifestou nesta segunda-feira, 9 de outubro, sobre a recente decisão da 1ª Vara Cível Federal de São Paulo. A sentença determina que a Caixa Econômica Federal e a União indenizem em R$ 15 mil cada beneficiário do Auxílio Brasil cujos dados pessoais foram expostos.
A Caixa, em nota oficial, expressou sua intenção de recorrer da decisão. A instituição bancária assegura que, em uma análise preliminar, “não identificou vazamento de dados sob sua guarda”. A revelação do caso gerou ansiedade entre as famílias que recebem o benefício, muitas das quais estão em busca de informações sobre possíveis impactos pessoais.
Em uma tentativa de esclarecer a situação, o Instituto Sigilo lançou um portal específico para consulta da indenização relacionada ao vazamento do Auxílio Brasil. A plataforma, intitulada “Caso Auxílio Brasil”, exige que os interessados forneçam nome completo, e-mail, CPF e número de telefone para verificar se têm direito à indenização. O portal pode ser acessado diretamente no site oficial do Instituto: https://sigilo.org.br/.
Entretanto, o Instituto alerta sobre uma questão preocupante: golpistas estariam usando o nome da entidade para enganar cidadãos relacionados ao vazamento de dados do Auxílio Brasil. Em nota, o Instituto Sigilo denunciou ações de indivíduos mal-intencionados solicitando pagamentos em nome da associação. O órgão ainda alerta para a cautela na hora de fornecer dados pessoais, visando evitar cair em sites maliciosos que tentam se passar pelo portal oficial.
Por conta da alta demanda, o site do Instituto Sigilo enfrentou instabilidades e chegou a ficar fora do ar na tarde desta segunda-feira. A equipe técnica está empenhada em resolver o problema, prometendo o retorno do acesso em breve.
A origem do vazamento remonta ao ano passado, quando informações dos beneficiários foram indevidamente utilizadas para a comercialização de produtos, como o empréstimo consignado do Auxílio Brasil. A divulgação inicial do vazamento foi feita pelo site The Brazilian Report em outubro, que também destacou o uso desses dados para fins políticos, beneficiando o então presidente Jair Bolsonaro.