O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, afirmou nesta terça-feira (15/6) que vai reajustar os valores cobrados pelo sistema de bandeira tarifária. O aumento do preço ainda está sendo discutido e deve ser definido até o fim de junho.
Em audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara, André disse que o reajuste do patamar mais alto, a bandeira vermelha 2, deve ultrapassar os 20% – conforme previsto na consulta pública da agência. Atualmente, o custo é de R$ 6,243 pelo consumo de 100 kw/hora.
Pela proposta apresentada em março pela Aneel, no patamar 1, a taxa adicional pode subir de R$ 4,169 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos para R$ 4,599 – aumento de 10%. No patamar 2, o reajuste pode chegar a 21%, passando de R$ 6,243 a cada 100 kWh para R$ 7,571.
O aumento leva em consideração a crise hídrica que atinge o Brasil. “Como vamos estar com todas as térmicas funcionando, o que a agência está fazendo agora é definindo qual é o valor que vai ser estabelecido para cada patamar da bandeira. E, com certeza, vai ser maior que hoje (…)”, ressaltou Pepitone.
Com os reservatórios vazios, principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o governo precisa acionar as usinas térmicas, que têm custo mais alto de produção de energia. A utilização das usinas térmicas deve custar R$ 9 bilhões até novembro de 2021.
