Registrado pela primeira vez na China, no final de 2019, o novo coronavírus foi declarado como pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no dia 11 de março de 2020, e continua sendo motivo de preocupação para as autoridades de saúde e a sociedade em geral.
Contudo, o que muitas pessoas desconhecem, é que este cenário é semelhante ao que já aconteceu em outros momentos da história da humanidade, pois essa não é a primeira vez que uma doença com alto potencial de disseminação causa estragos em diversos países do mundo.
Relembre três doenças que também foram consideradas pandemias:
HIV/Aids (1981-atualmente)
Além da Covid-19, ainda há uma outra pandemia ativa: 37,9 milhões de pessoas convivem com o HIV (vírus da imunodeficiência humana), de acordo com os últimos dados disponibilizados pela Unaids (Programa da ONU para o combate do HIV/Aids), no fim de 2018.
Transmitido por via sanguínea ou sexual, se o vírus não for tratado adequadamente, pode chegar ao seu estágio mais avançado: a Aids (síndrome da imunodeficiência adquirida). Nessa fase, as células de defesa do corpo são reduzidas drasticamente, deixando o paciente suscetível a doenças que podem ser fatais.
Estima-se que, desde o início da epidemia, 32 milhões de pessoas tenham morrido em decorrência das complicações causadas pela infecção.
H1N1 ou gripe A (2009-2010)
Iniciada no México, a gripe A ou H1N1 – também chamada inicialmente de gripe suína – é transmitida por porcos. A doença se espalhou pelo mundo e matou 16 mil pessoas. O primeiro caso no Brasil foi confirmado em maio de 2009. No fim de junho, 627 pessoas estavam infectadas no país, segundo o Ministério da Saúde.
A H1N1 tinha os mesmos sintomas que a gripe comum, mas podia evoluir para uma pneumonia e agravar condições crônicas pré-existentes. Em agosto de 2010, com uma queda considerável no número de infectados, a Organização das Nações Unidas (ONU) decretou o fim da pandemia.
Gripe espanhola (1918-1920)
Uma das pandemias mais mortais já registradas, a doença pertencia ao mesmo subtipo da gripe A, o H1N1. Estima-se que entre 17 milhões e 100 milhões de pessoas tenham morrido por causa da doença e que 30% da população mundial tenha contraído o vírus.
Ao contrário do que sugere o nome, a pandemia não começou na Espanha. Não há consenso sobre a origem, mas as três principais hipóteses são que tenha se iniciado na China, na França ou nos EUA. Como aquela era a época da 1ª Guerra Mundial, muitos países não tornavam públicas as informações sobre as vítimas da doença.
A Espanha, que não participava do combate, continuou noticiando os casos normalmente — o que deu a impressão de que o país foi atingido com mais força do que os outros. Boa parte das vítimas eram jovens, diferentemente das outras pandemias de gripe.
