Apesar da intervenção de Renan Calheiros no diretório do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) de Arapiraca, proibindo a candidatura do vice-governador Luciano Barbosa, o pedido de registro de candidatura já foi feito ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Luciano está decidido a obter na Justiça o direito democrático de participar das eleições deste ano, mesmo que isso signifique contrariar o projeto político da família Calheiros, que tem medo de ver seus planos desmoronar caso o vice-governador tenha êxito na disputa pela prefeitura de Arapiraca.
Acontece que, caso ele seja eleito prefeito, Alagoas fica sem um vice-governador, fazendo com que o presidente da Assembleia Legislativa (ALE), Marcelo Vitor (Solidariedade), passe a ser o primeiro na linha de sucessão, o que pode ser uma dor de cabeça para Renan Filho (MDB), que já teria um acordo para apoiar Rui Palmeira (sem partido) em 2022 na disputa ao governo.
A eleição de Marcelo Vitor como presidente da ALE já mostrou que ele não brinca quando o assunto é fazer política. E há quem garanta que se ele assumir o Governo do Estado em 2022, por ocasião do afastamento de Renan Filho que disputará vaga ao senado, ele deve ir para reeleição quando grande possibilidade de ter a maior coligação ao seu lado.
2022 já influencia 2020
Renan Calheiros, obviamente, irá fazer o possível para que os planos políticos da família para 2022 não sejam estragados pela eleição de 2020. A briga entre o MDB de Arapiraca e o MDB de Renan, promete ser acirrada na Justiça Eleitoral.
Entretanto, se prevalecer a democracia ao invés da ditadura partidária, Luciano será candidato a prefeito de Arapiraca, para a tristeza dos Calheiros e alegria de Marcelo Vitor.