Brasil — Juiz Alexandre Lazzarini, da 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial concedeu uma liminar permitindo que os credores da Odebrecht tomem posse de ações da petroquímica Braskem, que foram oferecidas como garantia para ter acesso aos empréstimos que fizeram ao grupo.
A liminar que foi concedida em uma ação movida pelo Itaú Unibanco, anulou qualquer decisão que venha proibir qualquer venda ou posse de ações da Braskem através de bancos. Já a Odebrecht, entrou com um pedido de recuperação judicial no mês passado (junho). O objetivo da empresa é poder reestruturar 51 bilhões de reais.
“As ações oferecidas em garantia não pertencem às recuperandas (grupo Odebrecht), por se tratar de alienação fiduciária, tanto que o banco agravante (Itaú Unibanco) era quem recebia os dividendos pagos aos acionistas”, afirmou o juiz Alexandre Lazzarini.
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Banco do Brasil
A direção do Banco do Brasil também encaminhou um pedido parecido com o feito pelo Itaú Unibanco. Para entender melhor, a Odebrecht tem 38,3% nas participações da Braskem e 50,1% em suas ações com direito a voto. Dessa forma, o grupo afirmou no pedido judicial que as manutenções advindas do controle da Braskem é de fundamental importância para sua reestruturação.
No ano de 2018 a petroquímica foi uma das principais fontes de receita do grupo. De qualquer forma, ainda não foi esclarecido se os bancos em questão poderão vender as ações da Braskem de forma imediata.
Até o fechamento deste artigo representantes da Odebrecht e do Itaú Unibanco não chegaram a se posicionar a respeito do assunto.
Com as notícias da possível venda das ações da Braskem, às 14h44 suas ações exibiram alta de 0,16%, com cota de R$ 37, enquanto no mesmo momento o Ibovespa apresentava queda de 0,7%.
