A reportagem do Portal BR104 participou de uma Audiência Pública para falar sobre os problemas da Verde Alagoas, concessionária responsável pelo abastecimento de água, em União dos Palmares. Toda a população palmarina foi convocada a participar pela promotora de Justiça, Elóa Carvalho.
Na ocasião, além da concessionária, estiveram presentes a Arsal, a Câmara de Vereadores, representantes da Prefeitura e moradores.
Durante entrevista ao portal após a audiência, Zé Márcio, diretor de saneamento da Arsal, destacou o quê a agência reguladora pode fazer pelos palmarinos em relação a denúncias contra a Verde Alagoas.
“Se o usuário está sendo prejudicado, e procura a concessionária, que, no caso, é a Verde Alagoas, e ela não atende aquela demanda, ou ele não fica satisfeito com a solução que ela deu, a ouvidoria da Arsal está aí para receber essa demanda e tomar as providências”, disse Zé Márcio.
Nenzinha, vereador e presidente da Câmara dos Vereadores da cidade, também foi entrevistado pela reportagem. Ele chegou a se pronunciar durante a audiência com indignação.
“O que eu constatei aqui [na audiência] foi falácia, como eu falei lá. Falácia porque a gente vê uma empresa que está fazendo altos investimentos, e quer tirar de toda forma da população, principalmente daquelas pessoas mais carentes, onde a gente vê as taxas de água, papéis de água, com valores que eram de R$ 140, R$ 130, e agora passaram a R$ 2 mil”, disse Nenzinha.
Marilda, moradora que também foi entrevistada pelo portal, comentou sobre sua situação. Ela mora no bairro Newton Pereira, e recebia as contas de água no valor de R$ 66 reais, mas recentemente recebeu uma cobrança de R$ 2 mil reais. A palmarina resolveu levar seus papéis para a promotora Elóa em audiência.
“O valor que eu pagava era R$ 66,93. Eu recebi um talão de R$ 2 mil. R$ 2.148,95! Está aqui na minha mão para quem quiser ver […] Fui na Verde duas vezes, e eles disseram que não tinham nada a fazer por mim”, disse Marilda.
A promotora de Justiça, Eloá Carvalho, ao final da audiência, comentou sobre o posicionamento do Ministério Público.
“Faremos um grande relatório, analisando todas as questões que foram trazidas pela comunidade, e requisitaremos tanto da Verde como da Arsal, e também do município, porque algumas questões que foram trazidas dizem respeito à municipalidade, providências e informações”, começou Eloá.
“E aí, nesse âmbito extrajudicial, não sendo atendidas essas providências e requerimentos, poderemos ver quais instrumentos jurídicos nos sobrarão para resolver a questão”, completou.
