Tombada, antiga estação ferroviária de União dos Palmares segue abandonada

Moradores ainda reclamam que o espaço é usado por usuários de drogas e está sendo alvo de arrombamentos.

Estação de União dos Palmares está abandonada | © Reprodução

Estação de União dos Palmares está abandonada | © Reprodução

Até a década de 80, os trilhos que levavam à estação de trem de União dos Palmares, foram responsáveis por grande parte do desenvolvimento da cidade e da região. Sem funcionar desde então, os prédios do local permanecem abandonados e, atualmente, só acumulam sujeiras.

O Armazém Ferroviário foi tombado por sua importância histórica como patrimônio cultural ferroviário nacional, conforme a Lei nº 11.483/07 e a Portaria do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) nº 407/2010.

O lugar, onde atualmente funciona o Mercado do Artesanato, deveria ter se transformado em um marco histórico para o município, mas a situação é de total descaso. Comerciantes ainda reclamam que o espaço vem sendo usado por usuários de drogas.

Nesta sexta-feira (01/10), vídeos enviados à Redação mostram que uma das edificações foi alvo de arrombamento durante a madrugada. Nas imagens, também é possível ver uma grande quantidade de entulhos e de fezes humanas no local.

Antiga Estação Ferroviária de União dos Palmares (01.set.2021) | © Johnny Lucena/BR104

A promessa do prefeito de União dos Palmares, Areski Freitas (MDB), era urbanizar, revitalizar e transformar a Estação Ferroviária em uma atracão turística de grande potencial econômico. No entanto, o projeto ficou apenas no papel.

Inclusive, em 2019, o procurador-geral do município, Allan Belarmino, e a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), estiveram na sede da Transnordestina, em Fortaleza (CE), para conseguirem a concessão da esplanada da Estação, por comodato.

“Entusiasmados, abraçaram a ideia de revitalização e se dispuseram a agilizar tanto a concessão do pátio da estação, como também o comodato de vagões de madeiras e outros itens para formação de um acervo substancial para criação de um museu (…)”, disse Allan Belarmino à época.