
A Justiça ouviu na manhã desta quinta-feira (24), sete testemunhas no processo que investiga possíveis irregularidades nas licitações realizadas pela prefeitura de União dos Palmares, entre os anos de 2009 e 2013, o que compreende a segunda gestão do prefeito Areski Freitas.
Foram cinco testemunhas de defesa, e duas arroladas pelo Ministério Público. As duas testemunhas designadas pelo MP, são donos de empresas que foram de alguma forma envolvidas nas supostas fraudes.
A audiência foi presidida pelo juiz Geneir Marques de Carvalho Filho, no “Pleninho” do TJ.
O prefeito Kil acompanhou os depoimentos das testemunhas de defesa, e chegou a falar com a equipe do portal BR104. Areski disse estar tranquilo e garantiu ter a plena certeza de que será absolvido.
“Estou totalmente tranquilo, você vai ver, nisso eu vou ser absolvido. Eles não provam nada, porque não existiu. O que eu tô entendendo ai, é que houve um grupo de empresários que burraram, que falsificaram documentos e enganaram, por que houve licitação, houve entrega de mercadorias, houve pagamento. A prefeitura fez todo o procedimento como se fosse um procedimento normal.”
O portal BR104 acompanhou a audiência com exclusividade (assista o vídeo acima).
Relembre o caso
A denúncia foi ofertada pelo Ministério Público Estadual, por meio dos Promotores de Justiçado Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas – na época “GECOC”, atual GAECO, em desfavor de pelo menos oito réus.
Em sendo, Areski dâmara de Omena Freitas Júnior, prefeito de União os Palmares, o mesmo teria o controle dos atos, sendo o responsável para autorizar a realização de procedimentos licitatórios fraudados, manipular documentos falsificados, emitir ordens de pagamento de serviços que nunca aconteceram, além de promover e dirigir a integração dos demais denunciados nos crimes em apreço;
Orlando Sarmento Cardoso Filho e Nelma Lúcia Martins de Souza, em seu tempo, gestores da Secretaria de Finanças e Administração de União os Palmares/AL, teriam concorrido afastando qualquer embaraço para que a organização criminosa alcançasse seus objetivos, competindo com o extravio de verbas públicas cuja a regular movimentação lhes era dever fiscalizar;
Élson Davi da Silva Cardoso, à época, Secretário de Cultura de União dos Palmares, exigiu a realização de serviços, compactuou com a aquisição de préstimos que não aconteceram;
Diego Guilherme Calixto, Sandra Maria Alves de Araújo, Washington Bezerra Costa e Tereza Cristina Gomes Bezerra, por terem integrado a Comissão Permanente de Licitação do Município de União dos Palmares/AL, teriam agido em comunhão de desígnios com a organização criminosa em estudo através do desrespeito às normas reguladoras que orientam a realização de licitações, analisando propostas falsificadas, assinando atas de reuniões que não aconteceram e/ou que não contaram com a participação dos supostos vencedores e suprimindo a legalidade destes procedimentos.
Crimes
Se condenado, o grupo responderá pelos crimes de: Formação de Quadrilha, Falsificação de documento público, Peculato, Inserção de dados falsos em sistema de informações e lavagem de dinheiro.