União dos Palmares — O comércio já começa a sentir os reflexos da quarentena em função do novo coronavírus. Tanto em Maceió quanto no interior de Alagoas, comerciantes e outros profissionais autônomos estão preocupados e pensando em novas formas de atrair os clientes.
Nessa sexta-feira (20), o governador determinou o fechamento de estabelecimentos comerciais que não sejam considerados essenciais, como lojas, bares e restaurantes, além do isolamento social, por 14 dias, de quem apresentar sintomas de gripe nos municípios do estado.
Com isso, alternativas vêm sendo buscadas pelos empresários, mas ainda assim, o receio é de que o prejuízo não possa ser superado. “Todos estão tentando, fomentando comércios eletrônicos, mídias sociais, serviço de entrega domiciliar”, conta um lojista.
Endurecer as medidas para contenção e o enfrentamento ao Covid-19 foi a alternativa para conter a curva epidemiológica que registra o avanço da doença em Alagoas, que tem quatro casos confirmados. Para o presidente do Sindilojas União dos Palmares, Adeildo Sotéro, a medida foi “excessiva”.
“A situação de certa forma merece toda atenção. Entretanto, a situação da capital é diferente da nossa, porque os shoppings e supermercados têm aglomeração de muita gente porque são ambientes fechados”, disse o presidente, acrescentando que lojas com fluxos de pessoas reduzidos deveriam ter outra conotação.
“Em nossa cidade, por exemplo, não deveriam funcionar o mercado público, missas e outros lugares com grande aglomeração. Mas o nosso comércio não tem aquele fluxo elevado em relação à determinação do governo. Mas infelizmente, como vem de cima pra baixo, temos que obedecer”, acrescenta.
Outra crítica de Adeildo é que não existe nenhum tipo de incentivo para os comerciantes, já que muitos vivem apenas de faturamento e sofrerão um grande impacto econômico. “Quando elas deixam de faturar, não honram seus compromissos”, pontuou o presidente.
Descumprimento pode levar donos de estabelecimentos à delegacia
Durante a suspensão das atividades, lojas e outros estabelecimentos comerciais poderão funcionar por meio de serviços de entrega, inclusive por aplicativos. É proibido, entretanto, o atendimento presencial de clientes nas dependências do negócio.
A Polícia Militar e a Guarda Municipal vão fiscalizar o cumprimento de todas as determinações, e quem não atender ao que foi estabelecido, deverá ser responsabilizado civilmente e pode ter a autorização para funcionamento cassada. Quem insistir poderá ser responsabilizado por desobediência e ser autuado em delegacia plantonista.