União dos Palmares — O município de União dos Palmares foi mais uma vez vítima de vandalismo na manhã desta sexta-feira (17). A cidade palmarina amanheceu com pontos estratégicos pichados com mensagens de “Fora Kil”.
Essa é a segunda vez que pessoas utilizam os patrimônios públicos para expressarem suas indignações contra a administração do prefeito Areski Freitas (MDB-AL). No entanto, o que tem sido prejudicado são os locais, que na maioria das vezes funcionam como pontos turísticos.
Em novembro de 2019, antes da inauguração da pista que dá acesso a Serra da Barriga, vândalos utilizaram a mesma proposta de reivindicação contra o prefeito. Na época,Kil gravou um vídeo mostrando sua indignação contra os atos de vandalismos praticados contra os patrimônios públicos do município.
A prefeitura emitiu uma nota de repúdio contra o caso, e disse que o direito de expressão e manifestação de pensamentos devem ser assegurados aos cidadãos palmarinos, mas é inaceitável a expressão praticada de forma irresponsável e delituosa.
Confira a nota na íntegra:
A Prefeitura, em nome da população de União dos Palmares, vem a público manifestar total repúdio a mais uma ação criminosa de vandalismo praticada contra o patrimônio público.
Os direitos à liberdade de expressão e à manifestação de pensamento devem ser assegurados a todos os cidadãos. Contudo, é inaceitável que tal liberdade seja praticada de forma irresponsável e delituosa, como o fato ocorrido na manhã desta sexta-feira (17), quando a população se deparou com os efeitos prejudicais das ações de vândalos que picharam diversos pontos do acesso à Serra da Barriga (Memorial Quilombo dos Palmares), Patrimônio Cultural do Mercosul e indiscutível eixo importantíssimo para fomentação do turismo e economia local.
A prática de pichação, de acordo com o Artigo 65 da Lei 9.605, é crime passível de pena de detenção de 3 meses a 1 ano de prisão, além de multa.
Por isso, danificar o patrimônio público e agir com vandalismo não é, de modo algum, postura de quem deseja se manifestar democraticamente. Ao prejudicar o patrimônio público, a atitude compromete não apenas a integridade dos locais danificados, mas à economia e turismo local, ao respeito que se deve à um local que abriga um legado histórico e cultural que é de reconhecimento mundial e ao direito democrático de todo cidadão palmarino.
Diante do exposto, a Procuradoria Municipal, no uso das medidas legais cabíveis ao caso, reitera que práticas criminosas devem ser intoleráveis e comunica que já está agindo de forma jurídica e solicitando a intervenção das Polícias Civil e Federal, assim como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).