O fiasco da festa da padroeira de União dos Palmares

Apesar da vasta programação, o público foi o menor dos últimos anos de festejo. Comerciantes amargam o prejuízo e agora estão tendo que recuperar o que foi gasto

George Lourenço, pároco da Igreja de Santa Maria Madalena — © Pascom/Arte: BR104

George Lourenço, pároco da Igreja de Santa Maria Madalena — © Pascom/Arte: BR104

União dos Palmares —Assim como todos os anos, o fim do mês de janeiro para a cidade de União dos Palmares é um período festivo, tendo em vista as celebrações e shows alusivos às festividades da padroeira da cidade, Santa Maria Madalena, que se encerram no dia 2 de fevereiro.

Entretanto, apesar da vasta programação, o público foi o menor dos últimos anos de festejo. Além disso, a procissão do Mastro, ocorrida no dia 19 deste mês, que marca o início das festividades, também bateu recorde de menor público dos últimos tempos.

Na última segunda-feira (27), enquanto a Igreja Matriz teve todos os seus lugares ocupados durante a celebração litúrgica conduzida pelo pároco George Lourenço, o mesmo não aconteceu durante as apresentações das atrações musicais. Desde então, o público não tem comparecido em massa, como em outros anos.

Embora o local também disponha de mesas e cadeiras, colocadas no centro da Praça Basiliano Sarmento, o valor considerado ‘absurdo’ cobrado pelos lugares também é um dos motivos para o afugentamento do público, que além da menor presença, conta com um espaço menor.

Por cada lugar – aparentemente destinado à ‘elite’ – é cobrado o valor de cerca de R$ 170. “Ouvir uma banda pelo YouTube em casa tomando uma cerveja com a família e amigos é bem mais vantajoso do que dá 170,00 reais numa mesa dessa festa”, criticou um internauta.

Para outros, as atrações – composta em sua maioria por artistas da terra – também deixaram a desejar. “Não é o primeiro ano nem será o último que a programação deixa a desejar. Ninguém é besta ou otário de perder sua noite de sono para prestigiar uma programação dessa, é uma programação de fazer vergonha”.

Como se não bastasse, a luta enfrentada pelos ambulantes parece ter sido em vão. Após serem cobrados pela Equatorial Energia Alagoas com valores considerados ‘abusivos’ para montarem suas barracas, amargam o prejuízo e agora estão tendo que recuperar o que foi gasto.