Hospital Regional da Mata retoma cirurgias de reconstrução mamária

O Programa Ame-se havia sido suspenso no mês de abril por causa da pandemia do novo coronavírus.

A primeira paciente beneficiada foi Elielma dos Santos, de 32 anos | © Assessoria

A primeira paciente beneficiada foi Elielma dos Santos, de 32 anos | © Assessoria

Suspenso desde o mês de abril, o Programa Ame-se, que garante a reconstrução mamária de mulheres mastectomizadas, foi retomado nesta segunda-feira (19/7) no Hospital Regional da Mata (HRM), em União dos Palmares, na Zona da Mata de Alagoas.

O retorno das cirurgias eletivas ocorre após a diminuição da ocupação dos leitos por Covid-19 em todo o estado. Iniciado em outubro do ano passado, antes de ser pausado, o programa já havia atendido 56 mulheres e realizado seis procedimentos cirúrgicos completos, até a colocação da prótese definitiva de silicone.

A primeira paciente beneficiada com a volta dos procedimentos foi Elielma dos Santos, de 32 anos. A vendedora de cosméticos descobriu um câncer na mama há três anos, durante o período em que amamentava a filha mais nova. Ela retirou primeiro a mama esquerda, onde foi descoberto o nódulo.

Pouco tempo depois, Elielma precisou extrair o seio direito, como um procedimento preventivo para reduzir os riscos de desenvolver a doença novamente, comandado pelos cirurgiões plásticos Pedro Gomes e Marcelo Barros, já que ela é considerada uma paciente de alto risco para o câncer de mama.

“Finalmente vou me sentir completa de novo, depois de muita luta, e graças à equipe do Ame-se. Sem eles, eu não iria conseguir fazer essa cirurgia. Iniciei a reconstrução mamária no dia 22 de fevereiro, colocando primeiro expansores e, agora, coloquei minhas próteses definitivas de silicone”, relatou.

“Só tenho a agradecer por todo o acompanhamento recebido desses excelentes profissionais. Sempre lutei para conseguir fazer a reconstrução mamária e, se não fosse o Ame-se, não teria conseguido. Isso vai mudar muita coisa na minha vida, principalmente a minha autoestima, e vou voltar a ir à praia, algo que sempre gostei de fazer, mas que, desde que tirei a mama, perdi a vontade de frequentar”, afirmou Elielma, natural de São Miguel dos Campos.

A cirurgia durou cerca de três horas. Segundo o médico Pedro Gomes, uma das técnicas para fazer a reconstrução mamária das mulheres mastectomizadas é utilizar parte do músculo grande dorsal ou da musculatura abdominal.

“Em fevereiro, Elielma tinha feito a reconstrução mamária e foram colocados expansores, que são próteses vazias onde colocamos, aos poucos, soro fisiológico para expandir a pele dos seios e, posteriormente, fazer a troca pelas próteses de silicone definitivas, procedimento que aconteceu nesta segunda-feira”, explicou o médico, ao destacar que a cirurgia buscou deixar as mamas com a aparência mais simétrica possível.

*Com informações da Assessoria