União dos Palmares — A direção do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), em União do Palmares, abriu sindicância para apurar a confusão envolvendo uma médica e filhos de uma paciente, por conta da demora no atendimento. O caso aconteceu na tarde dessa terça-feira (18).
A família alega que a senhora teria chegado ao hospital acompanhada dos filhos, vítima de um acidente doméstico. Ela foi conduzida até o setor de emergência, mas segundo a família, não havia médico no local, tinha apenas um enfermeiro fazendo os atendimentos.
No entanto, ao mesmo tempo que lamenta o ocorrido, a diretora da unidade de saúde, Barbara Heliodora Costa e Silva, ressaltou que quando a paciente chegou à unidade, a médica fez um primeiro atendimento, porém a filha não sabia que o procedimento tinha sido realizado, o que teria dado início ao tumulto generalizado.
“A médica fez o atendimento, e quem viu o vídeo vê a médica perguntando. Aquela parente da paciente, ela não tinha conhecimento de que a mãe já tinha sido atendida lá dentro. Dentro da enfermaria, da área vermelha, nós temos os enfermeiros e técnicos de enfermagens. Estes, capacitados para os primeiros atendimentos”, explicou.
Bárbara disse ainda que durante o tumulto, um dos familiares chegou a quebrar a porta principal do hospital. “O vandalismo foi grande. Quebraram a porta principal do hospital, agrediram verbalmente a dra. Andréia e questiono: por quê desse vídeo não mostrar o parente quebrando a porta?”.
“A família chegou desesperada. A dra. toma aquela atitude porque ela ficou indignada com o desrespeito”, afirmou. Assim que começou o problema, segundo a diretora, o 2° Batalhão de Polícia Militar (2° BPM) foi acionado, mas as ligações não foram atendidas. Logo depois, um funcionário foi até à Delegacia Regional do município.
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Para a direção, o fato pode acontecer a qualquer momento, tendo em vista que “a família quer o bem do paciente. A família quer que o paciente seja atendido. A família quer que o paciente passe na frente dos outros. A família já chega dizendo ‘o meu é mais grave’. Mas, quem tem que fazer esse julgamento é a equipe médica”.
Por fim, Bárbara destacou que já está apurando o caso e que instituiu, por meio de uma portaria, uma comissão para investigar os fatos. “Eu lamento profundamente e reconheço o desespero dos familiares, mas em um momento como esse é necessário paciência”, concluiu.