Karoline Omena, filha da empresária Eliane Torres, conhecida como Eliane do Globo, foi conduzida por agentes do Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), para prestar esclarecimentos, numa operação que investiga a participação de Eliane em um esquema que causou dano aos cofres públicos na ordem de R$ 30 milhões.
Agentes do GAESF e representantes do Ministério Público (MP/AL) estiveram na casa de Karoline no início da manhã, chegaram a acionar o Conselho Tutelar da cidade por causa das crianças, mas um parente da empresária chegou na casa, descartando a necessidade do Conselho Tutelar, e ela foi conduzida para prestar esclarecimentos.
O gerente do Supermercado Globo, identificado apenas como Gilvan, também foi conduzido pelo GAESF.
Segundo informações, Eliane do Globo não estava em casa no momento da operação.
A operação
A operação “Gambito da Rainha”, aconteceu de forma simultânea em Alagoas e Pernambuco. Em União dos Palmares, o alvo foi a empresária Eliane Torres, dona do conglomerado “Globo”.
Eliane é proprietária e sócia de postos de combustíveis e supermercados.
Segundo investigações do GAESF, a empresária faz parte de um esquema criminoso que deu prejuízos na ordem de R$ 30 milhões aos cofres públicos.
Os crimes
Todos os presos são acusados de envolvimento nos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, fraudes societárias, falsificação de documentos públicos e privados, lavagem de bens e corrupção de agentes públicos. Dentre esses agentes públicos envolvidos, dois são auditores-fiscais e foram afastados do cargo.
Segundo as investigações do Gaesf, o esquema criminoso causou grave prejuízo ao tesouro estadual. Tal montante gira em torno de R$ 30 milhões em valores corrigidos monetariamente, e com multas e juros.
Foi também decretado, judicialmente, o bloqueio de bens imóveis e móveis dos acusados. A organização criminosa, que operava somente em Alagoas, era integrada por empresários, “testas-de-ferro”, “laranjas”, contadores e auditores-fiscais.
A operação foi comandada pelos promotores de Justiça Cyro Blatter – coordenador do Gaesf, Marília Cerqueira e Anderson Cláudio de Almeida e por integrantes da Secretaria de Estado da Fazenda, Procuradoria-Geral do Estado, Polícia Civil e Polícia Militar de Alagoas. Todas essas instituições compõem o corpo técnico do Gaesf.