União dos Palmares — A advogada Edvanice Correira de Souza negou ter recebido os depósitos feitos pela Prefeitura de União dos Palmares, como mostrou a matéria intitulada “Prefeitura de União: A “farra” dos super salários?”, que apontou uma série de depósitos feitos de forma sistemática em contas de pessoas físicas.
Em alguns casos, os valores chegam a ultrapassar os R$230 mil. Os números foram encontrados em uma aba especifica de pagamentos efetuados, contendo nome e CPF dos beneficiados. Os pagamentos chegaram a ser feitos diversas vezes em um único mês, com ênfase maior nos meses de fevereiro e março de 2019.
Edvanice contou que ficou sabendo do caso por terceiros, que ligaram informando que seu nome constava como sendo uma das beneficiárias dos pagamentos. Os depósitos aconteceram entre fevereiro e maio deste ano. Somados, os valores ultrapassam os R$ 240 mil.
Ela afirmou que recebeu, em fevereiro – época carnavalesca, a quantia de R$ 1 mil, referente a ajuda de custo para a realização do “Bloco as Colombinas”, e que chegou a complementar o valor com a realização de uma rifa de uma sanduicheira. “Foi esse o dinheiro depositado na minha conta”, disse a professora, mostrando os extratos bancários.
Ao procurar o setor de contabilidade da Prefeitura, a advogada foi informada de que ‘houve um erro’. “Ele explicou que foi como se tivesse misturado os papeis quando ele enviou para o Tribunal de Contas e do Tribunal de Contas enviou para o Portal da Transparência. Até ai eu entendi. Mas quem recebeu esses valores?”, questiona.
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“Eu só queira saber isso. Eu quero e vou até o fim. Amanhã eu vou fazer um B.O”, afirmou Edvacine, que ficou surpresa ao saber que seus dados haviam sido expostos de forma completa. Disse ainda que já prestou serviços à prefeitura, por isso seus dados constam no órgão.
A advogada desafiou a Prefeitura dizendo que abre mão da ação de danos morais contra o município, caso ‘ele [município] esclareça quem foi que recebeu esse dinheiro’, ao mesmo tempo em que pede que os vereadores sejam mais assíduos e ‘cumpram com o papel que lhes foi destinado: de fiscalizar’.
