A secretária de Saúde do município de União dos Palmares, Geany Vergeth, se manifestou sobre a reportagem publicada pelo BR104 a respeito de uma investigação do Ministério Público do Estado (MPE), que apura possíveis irregularidades cometidas por funcionários da pasta, que atuam na área de marcações de consultas e exames, através do sistema SISREG.
Em nota publicada nas redes sociais oficiais da Prefeitura e compartilhada em seu perfil pessoal, a secretária de Saúde confirmou que a prática ocorreu em agosto de 2021, e que após tomar conhecimento, os perfis desses operadores foram desativados do sistema.
“O fato em questão foi de agosto de 2021, e após termos conhecimento que os operadores citados praticaram tais condutas foram desativados do perfil.”
Em outro trecho, Geany alega que os servidores que marcavam centenas de procedimentos em nome de um único paciente, foram advertidos.
“Destacamos ainda, que ao tomarmos conhecimento do fato, chamamos o servidor e seus colegas e os advertimos sobre a prejudicial às demais secretarias municipais de saúde, restando o entendimento de não mais repetir tal conduta.”
Ela também nega ter conhecimento de que as marcações de consultas ou exames eram vendidas.
“E que fique claro que não temos conhecimento de prática de favorecimento ou venda de consultas e exames pela regulação aqui em União dos Palmares.”
De acordo com a Notícia de Fato remetida à 1ª Promotoria de Justiça de União dos Palmares, os servidores estariam agendando um número excessivo de procedimentos, como consultas e exames, em nome de um único paciente. Em um dos casos, um servidor com o usuário AUT – LEO marcou 2.332 consultas em nome de Leandro Santos Nascimento.
Geany confirma que foi notificada desse fato pela Secretaria de Saúde de Maceió, e concluiu dizendo que o servidor achou que não estaria prejudicando ninguém.
“A Secretaria Municipal de Saúde de Maceió certificou que o servidor de alcunha Léo estaria marcando várias consultas e posteriormente cancelando-as ou migrando-as para outros pacientes. Assim sendo, o servidor resolveu agir de forma rápida, em preencher as vagas para assim garantir para alguns munícipes o atendimento, os quais há muito tempo aguardavam, tendo em vista que a demanda naqueles dias esteve muito alta, pensando o servidor que não estaria prejudicando ninguém.”
Leia o ofício encaminhado ao então secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, denunciando a prática delituosa.
Cópia do oficio enviado à Secretaria de Saúde
O MP investiga se essas vagas são agendadas para priorizar um determinado grupo de pessoas, como políticos, por exemplo. Uma outra linha investiga se as marcações estariam sendo vendidas por esses operadores, prejudicando a quem não pode pagar.
