A reportagem do BR104 foi chamada por uma moradora do bairro Nova Esperança, em União dos Palmares, para pedir ajuda e denunciar o descaso de uma empresa de home care com o seu irmão, que está com um quadro de pneumonia, sendo tratado em casa e dependente de oxigênio.
Na ocasião da entrevista, Rosenilda contou que o oxigênio de seu irmão Neildo estava zerando, e que já havia comunicado à empresa Dr. Cuidar da situação com antecedência, para que o cilindro fosse abastecido, mas nada foi feito.
“A gente já pediu socorro a todo mundo, e desde que Neildo chegou em casa, que mudou de empresa de um home care para outro, que esse home care é para dar a assistência necessária a ele, isso não está acontecendo. A começar que o paciente está aqui acamado, faz o uso do oxigênio, mas ele está zerado”, disse Rosenilda.
A irmã de Neildo conta que ele não pode ficar sem oxigênio por conta do quadro infeccioso, e que sempre foi tratado em casa, pois essa não é a primeira vez que ele sofre com infecção. O palmarino é acompanhado por uma equipe médica da Dr. Cuidar e da Sesau.
Rosenilda ainda contou que chegaram a pedir oxigênio emprestado a uma vizinha, mas quando foram pedir novamente, essa disse que a empresa a proibiu de liberar, e que falou que se faltasse oxigênio, o paciente deveria ser levado ao hospital.
“Eles [a empresa] ficam forçando uma necessidade de a gente tirar o paciente para o hospital, e não tem necessidade disso, porque desde sempre Neildo está em casa, desde sempre ele foi tratado e assistido em casa. Não é a primeira vez que Neildo pega infecção”, protesta Rosenilda.
“Toda vez que ele pega algum quadro infeccioso, ele é tratado em casa, nunca houve uma necessidade tirá-lo para o hospital, e também não houve a necessidade de a gente estar ligando o tempo todo nessa dificuldade toda atrás de fazer o uso do oxigênio”, complementou.
De acordo com a palmarina, a outra empresa de home care, que era responsável pela assistência de Neildo, deixava quatro cilindros de oxigênio na casa, mesmo sem a necessidade de uso. E a atual não faz isso, quando devia abastecer todos os dias, e agora está proibindo de pedirem emprestado.
“Dr. Cuidar, como é que a gente vai pedir o socorro para levar Neildo para o hospital, se não tem nem o oxigênio? E se esse oxigênio esvaziar, zerar daqui que for chegar o serviço de uma ambulância? […] Como é que fica a situação do paciente? Será que dá tempo? Neildo só tem uma vida, e vocês sabem que tem por responsabilidade dar toda a assistência ao paciente em casa. Quem vai responder se ele vier a óbito?”, questionou Rosenilda.
Assista a reportagem completa no topo da matéria.