União dos Palmares

Ex-guarda municipal foi vítima do ‘tribunal do crime’ por morte de homossexual

O delegado titular da 11ª Delegacia Regional de União dos Palmares concedeu uma entrevista e contou detalhes do crime.

Publicado: | Atualizado em 17/04/2021 09:24


Ricardo Januário - @cortesia
Ricardo Januário - @cortesia

O delegado Edberg Sobral, titular da 11ª Delegacia Regional de União dos Palmares, concedeu uma entrevista ao programa União Notícias, da rádio AG FM, na tarde desta sexta-feira (16/04), a respeito do homicídio do jovem José Aparecido Santana da Silva, de 33 anos, morto na madrugada de quinta-feira (08/04) com golpes de facão, em uma localidade próxima ao conjunto Newton Pereira.

Sobral esclareceu que as investigações levaram, inicialmente, a um dos criminosos, um homem de 44 anos que está preso desde o dia seguinte ao crime na delegacia, e que já confessou ter participação no crime. Entretanto, seu nome não foi divulgado, devido a Lei de Abuso de Autoridade.

O delegado contou que foi chamado pelo preso, que decidiu contar como se deu toda a ação e a verdadeira motivação do crime.

A motivação

O homem contou ao delegado que, na noite de quinta-feira, estava bebendo com algumas pessoas. Entre elas, um homem chamado Ricardo Januário da Silva, de aproximadamente 40 anos. Segundo ele, enquanto bebiam, a vítima, que era declaradamente homossexual, passou a tirar brincadeiras com eles.

– Em um certo momento, a vítima, o Dil, passou lá, pediu uma dose e foi dada. Eles começaram a beber e conversar. Segundo relatos, o Dil soltou uma brincadeira com esse acusado que tá preso. Ele informou que não gostava daquele tipo de brincadeira e se mostrou insatisfeito. O Ricardo também foi alvo dessas brincadeiras. E os dois, por conta dessa situação, em comum acordo decidiram por atrair a vítima para aquele local – disse o delegado.

O crime

A partir daí, seguiu-se o plano para a assassinar o Dil, conforme o relato do delegado, que durante a entrevista, começou a narrar como se deu a execução do plano.

– Eles prometeram que iriam manter relação sexual com a vítima. E ao chegar no local, quando ele [a vítima] retirou a calça, com a própria calça, o Ricardo passou a calça em volta do pescoço da vítima, enquanto o acusado que se encontra preso o esfaqueava com facão. Inclusive, o acusado disse após voltar da cena do crime que a vítima tinha um pescoço muito duro de furar – completou o delegado.

Morte do Ricardo

Era por volta das 20h15 da terça-feira (13/04), quando Ricardo Januário da Silva foi assassinado por golpes de arma branca e disparos de revólver. O crime aconteceu no conjunto Newton Pereira, no mesmo bairro onde dias antes ele havia participado da morte de Dil.

A polícia já investigava a participação de Ricardo no crime, e o delegado já se preparava para intimá-lo para ser ouvido. Para Edberg, a morte do Ricardo foi resultado da ação do chamado “tribunal do crime”, por represália à morte de Dil.

– O tribunal do crime entenderam por bem de tirar a vida do Ricardo como consequência da morte do Dil – concluiu o delegado.


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