“Eu espero Justiça. Justiça. Que a Justiça seja feita, porque eu perdi uma estrela. Era um menino maravilhoso, ele não merecia nada disso. Nada. Foi simplesmente uma covardia. […] Mas eu espero Justiça, que a Justiça seja feita. A de Deus já foi feita, eu quero a Justiça da terra”.
O depoimento emocionado é de Valquiria Santos, mãe do professor Luan Douglas Santos, de 24 anos, morto dentro de casa em 18 de abril de 2017 em União dos Palmares. Segundo a polícia, a vítima teria sido chamada pelo nome e, quando se virou, foi surpreendida por disparos de arma de fogo, morrendo no local.
Desde às 9h desta sexta-feira (04/12), ocorre o julgamento de dois acusados de envolvimento no crime. Dentre as testemunhas estão a ex-namorada de Luan, Cibelle Cardoso; a ex-mulher, Ana Paula Dionizio; e o vereador Givanildo Vicente, eleito nas eleições de 15 de novembro.
Valquila, que mora em Coruripe, recorda que antes de mudar de cidade o filho, à época com 18 anos, reproduziu a música “No Dia Em Que Eu Saí de Casa”, da dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano. Agora, três anos após a morte de Luan, ela acredita que a Justiça será feita. “Eu creio”, afirmou.
A sessão está sendo presidida pelo juiz Lisandro Suassuna, podem participar apenas as autoridades, as testemunhas e os jurados. Os parentes da vítima vieram acompanhar o julgamento, mas por conta das medidas de combate à disseminação do novo coronavírus, aguardam o desfecho do lado de fora.
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