O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atualizou sua “lista suja”, revelando a inclusão de novas empresas alagoanas flagradas submetendo trabalhadores a condições análogas à escravidão.
Dentre os empregadores identificados, destaca-se José Mendes de Amorim, conhecido empresário de União dos Palmares e ex-secretário de Infraestrutura no governo de Beto Baia.
Na lista divulgada pelo MTE, constam 35 trabalhadores encontrados em situações precárias, divididos entre três empresas. Os empregadores são uma empresa de construção civil que está localizada em Marechal Deodoro, uma pedreira que fica em Ouro Branco e a empresa de José Mendes, em Murici.
Veja a lista:
— ANDARIZ ARQUITETURA E CONSTRUCAO LTDA (MARECHAL DEODORO): 9 trabalhadores envolvidos. Adicionado à lista suja em 05/04/2024
— GILMAR CABRAL DA SILVA (OURO BRANCO): 17 trabalhadores envolvidos. Adicionado à lista suja em 05/04/2024
— JOSE MENDES DE AMORIM (MURICI): 9 trabalhadores envolvidos. Adicionado à lista suja em 05/04/2024
Esforços de Fiscalização
A inserção na “lista suja” resulta de intensas ações de fiscalização por parte de auditores do trabalho do MTE, apoiados por representantes de diversos órgãos como a Defensoria Pública da União, Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, além das polícias Federal e Rodoviária Federal.
Até o momento da última atualização, a reportagem não obteve retorno de José Mendes de Amorim nem da Andariz Arquitetura e Construção LTDA sobre as acusações. A tentativa de contato com Gilmar Cabral da Silva também não foi bem-sucedida.
Consequências da Lista Suja
A inclusão na “lista suja” do MTE não apenas mancha a reputação dos empregadores, como também os submete a uma série de restrições econômicas, incluindo dificuldades de acesso a créditos e participação em licitações públicas.