Contratados da Secretaria de Infraestrutura de União recebem metade do salário

Segundo o secretário de comunicação da cidade, Léo Bastos, 'no último dia 20, houve o adiantamento de parte do valor'

Secretário de Infraestrutura, Júnior Menezes — © Blog A Palavra

Secretário de Infraestrutura, Júnior Menezes — © Blog A Palavra

União dos Palmares — Servidores contratados da Secretaria de Infraestrutura de União dos Palmares receberam apenas R$ 500 após um mês inteiro de trabalho. O parcelamento de salários, que tem mostrado ser uma das maiores características do governo de Areski Freitas, está virando ‘rotina’ para servidores públicos da cidade.

De acordo com o secretário de comunicação da cidade, o jornalista Léo Bastos, no último dia 20, houve o adiantamento de parte do valor, ‘para que os funcionários não precisassem esperar até o dia 30’, mas garantiu que no dia 30 será pago o restante do valor devido.

Um dos contratados, que preferiu não se identificar, relatou que teria recebido o valor de apenas R$ 450 por um mês trabalhado. Entretanto, esse valor seria referente ao mês de agosto. O BR104 tentou contato com o secretário de Infraestrutura, Júnior Menezes, filho do ex-prefeito Iran Menezes, mas nossas ligações não foram atendidas.

Cinco meses de atraso

O mecanismo do parcelamento já foi adotado por cerca de cinco vezes desde o ano passado, sendo que três vezes em 2018 e duas vezes em 2019. Somados, os servidores da Secretaria de Infraestrutura já estão com cinco meses de salários em atrasos.

O sistema funciona da seguinte forma: o servidor trabalha durante um mês e recebe o valor referente ao mês trabalhado em duas parcelas: metade no dia 20 e outra metade no dia 30. Mas há relatos entre os próprios contratados de que em alguns meses nem isso acontece.

+ O silêncio de Areski sobre o “rombo” no SAAE 

Servidores inativos

Recentemente, servidores inativos foram à sede do Ministério Público Estadual (MPE) para reivindicar o pagamento salarial. Foi agendada uma audiência para a próxima terça-feira (24), com a presença do gestor municipal. A categoria decidiu que, caso o prefeito não cumpra com o acordo, os servidores ameaçam fazer uma greve de fome.

O que diz a Prefeitura?

Sobre o atraso dos servidores inativos, o secretário de Finanças, Anderson Ventura, disse que o problema se deu depois que foram descobertas diversas irregularidades no pagamento do benefício. Ele explicou que há cerca de dois meses foi feito um recadastramento e, junto a ele, uma análise na documentação dos servidores aposentados, onde foram averiguados caso a caso.

“Foi estudado caso a caso para ver quem tinha de verdade o direto de receber. A folha foi feita há muito tempo, numa gestão passada, onde ninguém até então havia tomado conta dela. Apenas se pagava. Nós resolvemos fazer isso para não está pagando injustamente a quem não tem direto”, disse o secretário.

Anderson informou que esse processo ainda está em trâmite e, para não pagar a pessoas que não têm direito, optou por não fazer repasse salarial. Disse ainda que aguarda a conclusão dos processos, previsto para serem concluídos até o fim de setembro, onde serão identificadas as pessoas que estão irregulares.