União dos Palmares

Celebrações de 20 de Novembro vão acontecer de ‘forma simbólica’ em União

Em virtude da pandemia da COVID-19, o Parque Memorial Quilombo dos Palmares terá limitação de acesso de até 300 pessoas por dia.

Publicado: | Atualizado em 17/11/2020 11:16


Parque Memorial Quilombo dos Palmares —  UOL
Parque Memorial Quilombo dos Palmares — UOL

O Governo de Alagoas, através da Secretaria do Estado da Cultura (Secult), a Fundação Cultural Palmares, por intermédio do Ministério do Turismo, e a Prefeitura de União dos Palmares informaram, nessa segunda-feira (16/11), o cancelamento das celebrações do Dia da Consciência Negra.

Com isso, o tradicional evento que faz parte das celebrações de novembro no município, será celebrado de ‘forma simbólica’ e ‘silenciosa’. A decisão levou em consideração o Decreto nº 71.467, de 29 de setembro de 2020, e em virtude da pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

“O Parque Memorial Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, será aberto a partir do dia 20, com horário de funcionamento de 7h às 17h, e limitação de acesso de até 300 pessoas por dia. A entrada será feita democraticamente por ordem de chegada”, informou a Secult.

Nas redes sociais a decisão foi criticada, uma vez que as campanhas eleitorais em União dos Palmares foram ‘regadas’ de muitos abraços e aglomerações. As caminhadas pareciam mesmo blocos de carnaval pela quantidade de pessoas que participavam, e nem se quer lembravam que a pandemia continua.

“Nas eleições não teve todo esse controle de distanciamento pessoal/social. Como sempre… a educação e cultura sempre ficam por último. Nos comícios não houve esse controle e/ou preocupação”, escreveu um internauta. “Recorde de público, ultrapassou o MACEIÓ FEST, foi as eleições 2020 em Alagoas”, criticou outro.

Em resposta, a Secult disse que ‘não é responsável pelas eleições’, e que está tomando todos os cuidados em respeito a população e seguindo decreto publicado no Diário Oficial do Estado.

Serra da Barriga

A Serra da Barriga, hoje considerada Patrimônio Cultural do Mercosul, foi sede do Quilombo dos Palmares, o maior das Américas, onde viveram, entre 1597 e 1695, mais de 30 mil negros, grande parte fugida do cativeiro e que se autodeclarava liberta da escravidão, sob o comando de Zumbi, morto em combate na Serra Dois Irmãos, no município de Viçosa, no dia 20 de novembro de 1695.

Nota da Secult — © Divulgação

Nota da Secult — © Divulgação


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