Caso Maurício: Família aguarda DNA para confirmar identidade de corpo achado em canavial

Uma das irmãs disse ter “99% de certeza” que se trata do irmão, uma vez que a família reconheceu marcas que ele tinha nas unhas da mão e do pé.

Maurício Gomes da Silva está desaparecido desde o dia 6 de abril de 2022 | © Reprodução

Maurício Gomes da Silva está desaparecido desde o dia 6 de abril de 2022 | © Reprodução

A família de Maurício Gomes da Silva aguarda pelo resultado do exame de DNA Forense para confirmar se um corpo encontrado numa área de canavial no Sítio Val Paraíso, na zona rural do município de São José da Laje, na Zona da Mata de Alagoas, é mesmo dele.

O cadáver foi localizado por trabalhadores já em avançado estado de decomposição no dia 18 de abril deste ano. A Polícia Militar foi ao local e encontrou o corpo praticamente esquelético. Por conta disso, também não foi possível identificar o que teria causado a morte da vítima.

Segundo a família, no último dia 6 de abril, na companhia de outro homem, Maurício teria saído de União dos Palmares e viajado de caminhão para fazer uma entrega em Fortaleza, capital cearense. Na sexta (8), no trajeto de volta, o veículo teria quebrado próximo a São José da Laje.

Neste momento, ele teria descido e tomado destino ignorado. O fato teria ocorrido pela manhã, mas o rapaz que o acompanhava teria falado da situação para terceiros e não à família. “Eu vim saber na sexta à noite, por vizinhos, que ele tinha saído do carro, tinha pegado de pista afora”, contou uma das irmãs ao BR104.

Ainda à reportagem, Paula disse ter “99% de certeza” que se trata do irmão, uma vez que a família reconheceu marcas que ele tinha nas unhas da mão e do pé, no local do achado. Ela contou ainda que, desde o dia do desaparecimento, todas as pistas que foram repassadas à família eram falsas.

“A polícia falou para minha mãe e minha família que estávamos correndo risco de vida, porque íamos até o local onde falavam que tinham visto ele, mas eram pistas falsas. Na verdade, já tinham feito algo com ele e estavam fazendo a gente acreditar que ele ainda estava vivo”, disse a mulher.

Os familiares também cobram agilidade nas investigações para entender o que aconteceu durante a viagem, já que segundo eles, o rapaz que estava com Maurício disse que ele teria tido três ataques, mas afirmaram que ele nunca demonstrou sinais de que estivesse passando por algum tipo de problema.

“Meu irmão nunca foi de ter ataque nenhum. Nunca. Nunca usou droga, tinha o vício dele de beber, porém nunca foi de arrumar briga com ninguém. Como que você sai com uma pessoa, você deixa a pessoa ter três ataques e você não entra em contato com a família, você não entra em contato com a polícia?”, questionou Paula.

“Essa história está tipo assim: um joguinho de quebra-cabeça que ainda não está completo. Está faltando muita peça ser encaixada”, enfatizou ela. A ocorrência foi registrada no 115 Distrito Policial, situado no Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de São José da Laje, onde o caso está sendo investigado.