A Instituição de acolhimento a Pessoas Idosas Casa do Pobre Santo Antônio está solicitando a toda comunidade colaboração, para garantir a efetivação da execução de seus serviços.
Nessa entidade, estão acolhidas 46 pessoas idosas com diversos graus de dependência e níveis de comprometimento cognitivo, e que tem a necessidade de receber ajuda para desempenhar suas atividades da vida diária, tais como alimentação, mobilidade e higiene.
Para tanto, contar de forma contínua e ininterrupta com um quadro de profissionais capacitados definidos de acordo com cada nível de dependência do idoso, além de um corpo administrativo e de apoio para o funcionamento da institucional, fornecendo serviços de limpeza, lavanderia, alimentação, fisioterapia, psicologia, lazer, entre outros.
A entidade é filantrópica pertencente a SSVP – (Sociedade de São Vicente de Paulo) e presta serviços de acolhimento institucional permanente ao município de União dos Palmares e de toda nossa região, sendo ponto de apoio em casos de vulnerabilidade social envolvendo pessoas idosas dos municípios de Ibateguara, São José da Laje, Santana do Mundaú, Branquinha, Murici, Flexeiras, São Luiz do Quitunde, Messias, Rio Largo, Maceió, Teotônio Vilela, Colônia Leopoldina, Jundiá e Paulo Jacinto.
Os principais motivos para os encaminhamentos por parte dos CREAS e MP são: por carência financeira do próprio idoso ou da família, por dificuldade da família para cuidar do residente com fragilidade (física e/ou mental), por abandono ou ausência da família, por dificuldades no relacionamento familiar, entre outros motivos.
Atualmente, a única fonte de receita fixa para garantir o pagamento das despesas é o salário dos acolhidos. Trabalham na entidade 25 pessoas e a folha de funcionários tem um custo médio mensal bruto de R$ 35.000,00 (trinta mil e cinco mil reais).
Casa dos Pobres — © Assessoria
Para manter toda estrutura e garantir o pleno funcionamento dos serviços garantindo a dignidade da pessoa idosa acolhida, o Lar tem ainda despesas com alimentação, medicação, fraldas, material de limpeza e higiene pessoal, energia elétrica, gás, transporte, manutenção predial e de equipamentos, férias, décimo, encargos sociais e precisamos mensalmente contratar pessoas para tirar férias.
Hoje, cada acolhido gera uma despesa média mensal per capta de R$ 2.000,00 (dois mil reais). A Casa precisa atender as exigências estabelecidas pelos órgãos de controle frente as legislações específicas voltadas ao acolhimento institucional de longa permanência e isso demanda um alto custo.
O município repassava até o mês de maio uma subvenção no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), valor que não atende a demanda, onde seria necessária uma contrapartida municipal mensal média per capta de R$ 1.000,00 (mil reais) por idoso acolhido.
A direção está em contato com o município e com órgãos de Controle, para viabilizar o firmamento de uma contrapartida municipal que poderá garantir a continuidade dos serviços de forma a proporcionar aos idosos acolhidos uma vida digna.
Na constituição está expressa a prioridade que se deve ter no atendimento ao idoso no interior da família, mas ressalta que na falta desta ou abandono, “a assistência integral na modalidade de entidade de longa permanência será prestada”. Deve-se acrescentar que a população idosa é contemplada com direitos específicos nos Códigos Civil e Penal brasileiro.
Em setembro de 2003 foi aprovado o Estatuto do Idoso, que busca entre outras coisas, a garantia da oferta de serviços em condições mínimas de dignidade, liberdade e qualidade de vida para a terceira idade e criminaliza atos de violência contra pessoas idosas, dentre eles negligência ou abandono institucional.
A efetivação de apoio governamental municipal poderá acontecer por meio de Fomento ou Termo de Colaboração. Está sendo estudada uma forma de firmamento de repasse continuo, permanente e que atenda a solicitação apresentada pela instituição, inclusive com os municípios circun vizinhos, que também não tem entidades de acolhimento a pessoas idosas e que recorrem a nossa cidade, como forma de garantir cuidados permanentes institucionais aos seus idosos em estado de vulnerabilidade.
Isso demanda de um certo tempo e até lá, a entidade estará sentindo os efeitos da falta de doações e parcerias que garantem a plena execução dos seus serviços. Vale ressaltar que com a Pandemia, houve um aumento significativo nos preços de tudo que é consumido na casa e que as doações de Pessoas Físicas e Jurídicas caíram cerca de 80%.
Casa dos Pobres — © Assessoria
