Candidatos pretendem pedir anulação de prova para Conselho Tutelar em União

Para Alexander Campos, conselheiro tutelar e pré-candidato ao cargo, não existem motivos para que haja uma anulação da prova

Entre as irregularidades, houve um suposto vazamento da prova — © Ilustração

Entre as irregularidades, houve um suposto vazamento da prova — © Ilustração

União dos Palmares — Pelo menos três candidatos que prestaram a última seleção para Conselho Tutelar de União dos Palmares pretendem, nessa sexta-feira (12), entrar com um pedido de anulação da prova realizada na última terça-feira (09). Eles denunciam que a prova foi feita com várias irregularidades.

De acordo com a candidata Benedita Maria Caetano, entre as irregularidades, houve um suposto vazamento da prova. “Foram 33 pré-candidatos e ficaram 14. Segundo os companheiros, disseram que houve irregularidade em questão de ‘passar fila’ e outras coisas. Também soube que pessoas utilizaram o celular para conseguir as respostas das questões. Agora, eles querem a anulação da prova”, disse.

O coordenador do processo eleitoral, Sérgio Rogério, explicou que assim como todo o processo, todo cidadão pode requerer uma possível anulação. “Nós colocamos desde o primeiro edital, que saiu em abril, que os candidatos a cada processo que é realizado, eles têm o prazo de recurso. Não exatamente pedindo a anulação da prova, eles vão requerer alguma coisa, como por exemplo, a reavaliação de alguma questão. Até o momento, recebemos apenas o pedido de cópia da prova”, explicou.

Sobre o pedido de anulação, o coordenador disse que ainda não recebeu nenhum comunicado oficial. “Sobre possível anulação ou tentar rever alguma coisa, isso a gente não recebeu ainda. Possivelmente, na segunda-feira isso chegue”, acrescentou Sérgio, ressaltando que casos como esse nunca foram registrados, tendo em vista que no último processo eleitoral todos os pré-candidatos foram aprovados na prova.

Para Alexander Campos, conselheiro tutelar e pré-candidato ao cargo, não existem motivos para que haja uma anulação da prova. “A prova foi aplicada, não são a prova, mas a capacitação, foi aplicada para todos. Acredito que a preparação foi dada para todos, e o que está no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Acredito que se forem de provar que algo foi errado, tem que provar que a empresa não é idônea, porque foi uma empresa que aplicou, foi um professor que veio aplicar”, disse.

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” A prova aplicada há quatro anos atrás, foi com o professor Edilson. Hoje, foi uma empresa que veio. Acredito que algumas pessoas, como eu, tiveram sorte e também estudaram para poder fazer a prova. E outros, acredito que não tiveram a mesma capacidade. Então, acredito que a prova foi aplicada de forma correta e não vejo nenhum motivo para que haja uma anulação”, conclui.

O prazo para recurso ao resultado da prova teve início nessa quinta-feira, 11 de julho, e terminará no dia 15 de julho, conforme estabelecido no Edital de divulgação das notas da prova dos Candidatos Processo de Escolha Unificada para Conselheiros Tutelares, nº 07/2019.

As eleições ocorrerão no dia 06 de outubro, e a população de todo o Estado irá às urnas para escolher os novos conselheiros tutelares.