Cadê o poço? Moradores de União sofrem sem água esperando por promessa da prefeitura

Prefeitura prometeu 8 poços artesianos há mais de 18 meses, destes, apenas 2 foram entregues e somente um funciona

Poço Artesiano na zona rural de União dos Palmares

Poço Artesiano na zona rural de União dos Palmares

Em Março de 2017, o prefeito de União dos Palmares, Areski Freitas (MDB), usou sua assessoria de comunicação para informar a importante conquista que alcançou junto ao Governo do Estado.

Kil havia pedido apoio do governador Renan Filho (MDB) para a construção de alguns poços artesianos, que minimizariam os problemas em várias regiões do município, enfrentados durante a estiagem.

Foi firmado uma parceria entre o Governo do Estado, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), e segundo a secretaria de comunicação de União dos Palmares, nos dias seguintes as perfurações se iniciariam.

Mais de 18 meses depois, apenas 2 dos 8 poços foram cavados, e apenas um deles tem água. Um fica no conjunto Newton Pereira, próximo à quadra de esportes e a poucos metros da caixa d’água que abastece o conjunto.

A reportagem do BR104 ouviu os moradores do bairro e, segundo eles, os problemas com a falta d’água  são constantes.

Procuramos a Secretaria Municipal de Meio Ambiente do município em busca do secretário Afrânio Mendonça, mas ele estava viajando.

Seguimos viagem por uma estrada de terra, até chegarmos a zona rural, numa localidade conhecida como “Serra Preta”. Ali, encontramos o único poço que está funcionando e serve para abastecer uma escola localizada a poucos metros do local onde fica o poço.

O poço fica na propriedade do atual secretário municipal de agricultura, Sandro Couto, que em entrevista a reportagem, explicou o problema dos poços.

Na Serra da Imbira, em um local distante desse poço, encontramos o senhor José Israel. Ele nos levou até uma cacimba que abastece as famílias ali perto. Com a estiagem, a única fonte de água próxima, está praticamente seca.

Com ele, fomos até um poço, cavado com o esforço da própria comunidade e bem ao lado da cacimba, mas que não tem água, porque segundo o seu Israel, faltou dinheiro para completar a perfuração.

Com a falta de chuvas e vendo a cacimba vazia, o agricultor nos disse que resta agora esperar que Deus mande chuvas suficiente para que a comunidade que ali reside, não fique sem a água, que é um bem necessário à sobrevivência.