A Igreja Assembleia de Deus em União dos Palmares, no interior de Alagoas, está abalada após a descoberta de que um dirigente de uma importante congregação estava, supostamente, desviando dinheiro de dízimos e ofertas. O indivíduo, também tesoureiro do Campo da Assembleia de Deus no município, foi imediatamente afastado de suas funções na igreja e rapidamente substituído.
O homem, que era uma espécie de “protegido” do pastor presidente local, teria confessado o crime, admitindo que a prática já durava mais de quatro anos, remontando ao pastor presidente anterior. Nesse período, ele teria adquirido uma chácara, um veículo considerado de luxo, e feito várias viagens com a esposa. Além disso, há relatos de que ele estaria praticando agiotagem no município.
Seus padrões de vida, incompatíveis com seu salário, despertaram suspeitas entre outros dirigentes. Um episódio envolvendo uma oferta de valor elevado que não havia sido contabilizado aumentou as desconfianças, levando ao confronto que resultou na confissão do dirigente.
Um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) será aberto pela Assembleia de Deus para investigar a extensão do desvio de fundos ao longo dos anos. Há especulações de que o montante desviado pode superar R$ 1 milhão. Até o momento, não há informações conclusivas sobre o total desviado, e a investigação interna buscará esclarecer a dimensão exata do prejuízo.
Até o fechamento desta reportagem, a igreja não havia se manifestado oficialmente sobre o escândalo. A falta de uma declaração pública alimenta as especulações e a preocupação da comunidade, que aguarda esclarecimentos e medidas concretas.
