Artesanato palmarino é fonte de renda e movimenta economia local

União dos Palmares — Na semana do dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, União dos Palmares se prepara para receber os milhares de visitantes e turistas que se decolam até a cidade para visitar a Serra da Barriga, local símbolo da liberdade e de preservação da cultura afro-brasileira.

Essa época do ano também é tempo de muita expectativa para todos que comercializam seus produtos no Mercado do Artesanato, na antiga estação rodoviária da cidade. Este espaço de comercialização tem história. Nem sempre foi arrumadinho e num lugar fixo, como conta dona Lurdes, uma das primeiras artesãs do local.

“Começou com muita batalha, muita luta e correndo atrás para conseguir. O local já estava pronto, sendo necessário apenas fazer a reforma. No dia 21 de abril de 1989, a gente recebeu a chave dos box e viemos para cá, mesmo com as pessoas questionando de daria certo”, disse.

Ela também lamenta a falta de divulgação do Mercado do Artesanato, e conta que ainda tem muitos moradores da cidade que desconhecem o local e que ficam maravilhados quando descobrem a diversidades e a variedades de produtos oferecidos.

“Quando vem um parente de São Paulo que necessita dar uma lembrancinha, eles vem aqui e ficam maravilhados. Muitas vezes dizem até que não sabiam da existência desse mercado, enquanto outros vão para Maceió. Eu acho que as pessoas deveriam se interessar mais pelas coisas da terra”, conta a artesã.

Com a venda de suas peças para os turistas, os artesãos movimentam a economia local, geram emprego e renda não só para a família do artista como também para toda a sua comunidade. É o caso do artesão Marcos Antonio, que produz berimbaus. Todas as peças são autorais.

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“Eu produzo berimbaus, pois sou capoeirista. Sempre tem turistas por aqui, principalmente nessa época do 20 de novembro. O turismo também é uma grande atividade dentro do nosso município. Acho que é um grande produto vender essa questão do turismo”, frisou Marcos.

O guia de turismo Kleiton Santana falou sobre o momento e a ressaltou a importância do turismo para a economia local. “Ganha todo mundo, desde o vendedor de picolé ao dono de um restaurante. É uma indústria muito democrática. […] É bem por ai que temos que caminhar. O nosso produto está pronto, e pode vim pessoas do Brasil ou da Europa que nós estamos prontos para recebe-los”.