União dos Palmares — Um ano após o fechamento do lixão de União dos Palmares, ocorrido em 10 de maio de 2018, a prefeitura do município ainda enfrenta dificuldades de ordem ambiental com esse assunto.
Desde que a prefeitura seguiu a orientação do Ministério Público (MP) para que o município se adequa-se à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), União entrou em um consórcio com outros municípios para que todo o lixo produzido fosse enviado para um aterro sanitário, localizado no município do Pilar.
Durante todo esse período, os resíduos vêm sendo acumulados em uma região próximo a antiga Usina Laginha. Neste local é feito o chamado “transbordo”.
O transbordo é o termo dado a troca de veículo, onde todos os resíduos coletados pelo carro coletor que passa nas ruas é retirado e posto em um caminhão maior. Este levará o lixo até o seu destino final.
O BR104 visitou o local onde funciona essa transição do lixo, e constatou que foi criado um novo “lixão”. Famílias, inclusive, trabalham diariamente coletando materiais recicláveis.
Nossa equipe conversou com uma senhora que trabalha na coleta desse material. Ela contou a nossa reportagem, que se feriu recentemente, provavelmente com uma seringa. Com uma ferida nas mãos, ela segue trabalhando no novo lixão de União dos Palmares diariamente.
Assista a reportagem completa:
Outro caso
Uma denúncia do vereador Ricardo Praxedes, sobre um incêndio no novo lixão, localizado na extinta Usina Laginha, provocou a cúpula do Ministério Público Estadual (MPE), que se deslocou até a região do transbordo e constatou o crime ambiental, no município de União dos Palmares.
De acordo com o promotor de Justiça, José Antônio Malta Marques, trata-se de um crime de menor potencial ofensivo, com pena que varia de 2 à 4 anos de prisão, e que o responsável direto é o prefeito do município, Areski Freitas, que se encontrava em viagem, às vésperas da maior celebração cultural do município.
O representante do MPE lamentou a falta de respeito do gestor municipal com o órgão e disse que o IMA (Instituto do Meio Ambiente) já aplicou uma série de multas, e o município não se dá ao respeito de contestar a nenhuma delas. “Não sei o que há por trás, mas agora eles terão que responder na Justiça”, apontou o promotor.