A Câmara de Vereadores de União dos Palmares aprovou, nesta segunda-feira (1º/03), o protejo de lei que institui o dia municipal de conscientização da pessoa com Transtorno de Espectro Autista (TEA). Agora, a matéria segue para a sanção do prefeito Areski Freitas (MDB).
A proposta nº 001/21, criada pela ativista Edijane Galvão, foi aprovada por unanimidade. Ela que tem um filho autista e é conselheira nacional da Rede Unificada Nacional e Internacional pelos Direitos dos Autistas (Reunida), comemorou o resultado da votação.
“Eu estou muito feliz com o resultado, a votação foi unânime. Hoje, no dia 2 de abril ele será, com fé em Deus, sancionado pelo prefeito o dia municipal da conscientização do Autismo. Ele já é um dia mundial, nacional, estadual e hoje está dentro da agenda municipal”, disse.
“[…] É muito importante essa lei, essa conscientização, é você conhecer o que é o autismo. Isso vai diminuir sem dúvida nenhuma o preconceito, a ignorância, a invisibilidade, principalmente isso. A nossa luta é pela visibilidade. E a conscientização traz isso”, ressaltou a ativista.
Também presente na sessão, a supervisora de Cuidado à Pessoa com Deficiência (SUPED)/SESAU, Katiuscia Viana, ressaltou a importância do projeto, uma vez que ele também possibilitará uma maior inclusão das pessoas com Transtorno de Espectro Autista (TEA) na sociedade, educação ou saúde.
Segundo ela, o projeto se destaca ainda mais por ser um dos pioneiros no Brasil a estabelecer esse tipo de lei. “Isso fortalece as políticas públicas de saúde e educação em relação à pessoa com deficiência, mas especificamente à pessoa com autismo. Possibilita, também, que outros municípios e, inclusive, o Estado, possam ser parceiros nessas ações, e ainda fortalece àquele movimento que o Estado já tem feito, vem fazendo, para capacitar as equipes para que elas se tornem uma equipe especializada no atendimento”, frisou Katiuscia.
Autismo
O autismo é um transtorno neurológico caracterizado por comprometimento da interação social, comunicação verbal e não verbal e comportamento restrito e repetitivo. Os sinais geralmente desenvolvem-se gradualmente, mas algumas crianças com autismo alcançam o marco de desenvolvimento em um ritmo normal e depois regridem.
O TEA é altamente hereditário, mas a causa inclui tanto fatores ambientais quanto predisposição genética. Embora não exista nenhuma cura conhecida, há relatos de casos de crianças que se recuperaram. Poucas crianças com autismo vivem de forma independente depois de atingir a idade adulta, embora algumas tenham sucesso.
Confira a reportagem na íntegra:
Aprovado projeto que institui Semana de Conscientização do Autismo em União — © Rayanne Rodrigues/BR104