CEO e fundador da Huawei diz que sanções dos Estados Unidos é “coisa pequena”

Para o executivo os clientes que a companhia conquistou ainda continuam acreditando em seus produtos

CEO e fundador da Huawei — © Reprodução/Internet

CEO e fundador da Huawei — © Reprodução/Internet

Na entrevista concedida a rede norte-americana (CNBC) semana passada, o CEO da Huawei, Ren Zhengfei, voltou a defender a companhia das acusações proferidas pelo governo dos Estados Unidos. Mesmo com a recente revisão na projeção de vendas de seus produtos em 2019, o executivo entende que a receita deste ano será significativa e no mesmo patamar que 2018.

A redução de US$ 30 bilhões nas nossas projeções de vendas é apenas uma coisa pequena para nós. Nossas vendas vão continuar a passar dos US$ 100 bilhões neste ano. Isso tem pouco impacto nas nossas operações de negócios. Então as sanções dos EUA não vão ter impacto significativo para nós”, destaca o CEO da companhia.

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Dessa forma o impacto de US$ 30 bilhões não fica certo e mesmo que ocorra o montante de mais de US$ 100 bilhões continuará sendo uma previsão para este ano. Além disso, Ren Zhengfei disse que a companhia não se preocupa com a receita e sim com a qualidade real da operação da empresa.

Segundo o executivo, não haverá cortes nas verbas de funcionários para que seja realizada pesquisas e desenvolvimento das operações como foi anunciado.

Ainda na entrevista, um outro quadro que ficou destacado foi a natureza da revisão, ele acrescentou que a área de consumo (b2c) seria apenas um “negócio periférico, e não majoritário”. Mesmo que os resultados financeiros da Huawei estejam indicando o contrário, o CEO da empresa disse ainda que o desempenho doméstico acaba compensando a queda de 40% em smartphones.

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Nossa divisão de consumo não está em queda, apesar de a gente ter visto anteriormente um registro de declínio de 40% nos mercados internacionais. Mas agora está retomando, e o declínio fora da China é de menos de 20%. E está se recuperando rápido”, disse o CEO.

Para o executivo os clientes que a companhia conquistou ainda continuam acreditando na empresa, mantendo a confiança mesmo com as acusações contra a mesma. Com isso, a preocupação da empresa no momento é em sua demanda, se vai ou não atender a seus clientes.