Saúde

Sesau ressalta importância do uso de antirretrovirais no tratamento do HIV

Quase 3 mil alagoanos com HIV estão em tratamento com antirretrovirais

Publicado: | Atualizado em 26/12/2018 09:22


Medicação tem auxiliado a melhoria da qualidade de vida dos soropositivos (Crédito: Assessoria)
Medicação tem auxiliado a melhoria da qualidade de vida dos soropositivos (Crédito: Assessoria)

Alagoas – Para muitas pessoas que contraíram a infecção por HIV, a pior parte foi a da descoberta. A Aids, que é causada pelo vírus HIV, ainda não tem cura, mas há medicamentos que podem minimizar os efeitos da síndrome e auxiliar a pessoa portadora a ter mais qualidade de vida.

Sandra Gomes, coordenadora do Programa de Combate às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)/Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), ressaltou que os antirretrovirais usados em combinações conhecidas como “coquetéis” são a chave para reduzir a presença do vírus no organismo, chegando à chamada carga viral indetectável, quando as chances de transmissão são quase nulas.

Conforme dados do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom) do Ministério da Saúde (MS), 3.015 alagoanos, sendo 2.970 adultos e 45 crianças, estão em terapia antirretroviral, por meio da qual conseguem diminuir, significativamente, a quantidade de HIV no sangue, suprimindo a carga viral a níveis indetectáveis.

Ela ainda explicou que o vírus HIV, ao entrar no organismo, começa a se multiplicar e, a partir daí, passa a atacar as células de defesa – os leucócitos, conhecidos como glóbulos brancos. “Ao usar a medicação, o organismo desse paciente faz uma barreira de proteção. Não é que o HIV vai sair do corpo dele, só não vai conseguir atacar as células de defesa tanto quanto acometeria alguém que não está tomando os remédios”.

+ 2º BPM de União dos Palmares recebe drone para auxiliar na segurança do município

Sandra Gomes conta que, assim que o HIV foi descoberto, no início dos anos 1980, havia um desconhecimento não apenas por parte das pessoas infectadas, mas, também, das equipes de saúde da época. “Tanto é que, se formos observar do ponto de vista histórico, os profissionais ficavam muito paramentados, porque não sabiam se a infecção causada pelo vírus acontecia através do ar ou do contato imediato com a pele. E, então, houve esse processo longo de descoberta para tentar lidar com o HIV”, disse.

Em termos de pesquisa, os antirretrovirais chamavam muito a atenção quando começaram a ser estudados, em 1980, visto que causavam bastante enjoo, tontura, vômito e diarreia. Na época, de acordo com Sandra Gomes, a depender do esquema medicamentoso que fosse feito, os pacientes costumavam tomar até 20 comprimidos por dia. A despeito desses inconvenientes, o remédio reduziu de forma significativa a mortalidade de pessoas com o HIV e a Aids.

“Costumo comparar até a questão dos exames. Antes, a análise para o diagnóstico de HIV era feita por coleta venosa e demorava, em média, de 30 a 40 dias para ficar pronto. Agora, com a testagem rápida, por meio da punção digital, é possível detectar os anticorpos contra o HIV num tempo inferior a 30 minutos. Esse método tem permitido que o indivíduo faça o teste, conheça o resultado e receba imediatamente o aconselhamento necessário”, afirmou.

*com informações de assessoria

Assuntos

AidsHIVSaúde

Comentários


    Entre para nossos grupos

    Telegram
    Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
    WhatsApp
    Entre e receba as notícias do dia
    Entrar no Grupo


 
 
 
Especiais

Especial
Livro ensina técnica de leitura usada por Sherlock Holmes para expandir a memória

Aprenda a Melhorar sua Memória, Lendo até 10 Vezes Mais Rápido e Retendo Até 100% do Conteúdo


veja também

Vacinação é a principal forma de conter tanto a Influenza | @ Carla Cleto
Saúde
Campanha de Vacinação contra a Influenza vai até 31 de maio; veja o público-alvo

Ação foi iniciada na segunda-feira (25) nos postos de vacinação dos 102 municípios do Estado


Hospital Regional da Mata passa por manutenção mas a assistência contínua para a população | @ Ivan Nunes
Saúde
Hospital Regional da Mata passa por manutenção sem interromper atendimento a população

Unidade situada em União dos Palmares também é referência para os moradores de mais sete municípios


Saúde
União de Palmares é o único município do interior alagoano com um grupo articulado de mulheres com endometriose

As profissionais à frente desse grupo em União dos Palmares são Jéssica Batista (psicóloga), Cynara (secretaria municipal de saúde) e Katyane (secretaria municipal de saúde), que trabalha diretamente com a saúde da mulher.



Mosquito da dengue | © Reprodução
Saúde
Casos notificados de dengue aumentam em Alagoas, diz Sesau

De acordo com a Sesau, até esta segunda-feira, foram notificados 1.555 casos de dengue no estado.