Um recente surto de meningite meningocócica, identificado na cidade de Maceió, intensificou as ações de enfrentamento à doença. As estratégias, que envolvem vacinação, rápido diagnóstico e quimioprofilaxia, têm como objetivo principal evitar a propagação da doença.
Entenda a doença
A meningite meningocócica é uma infecção bacteriana aguda que afeta as membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. Pessoas de todas as idades podem ser afetadas. A doença se manifesta com sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, dor de cabeça e rigidez no pescoço. Quando não tratada rapidamente, pode levar a complicações graves e até a morte.
No estado de Alagoas, até o momento, foram registrados 64 casos de meningite neste ano, dos quais 29 são do tipo meningocócica, sendo que 27 destes ocorreram em Maceió.
Estratégias de combate
Na última segunda-feira, representantes das Secretarias da Saúde do Estado de Alagoas (Sesau) e do Município de Maceió (SMS) reuniram-se, a convite do Ministério Público Federal, para discutir e apresentar medidas de contenção ao surto.
- Vacinação: Esta continua sendo a principal ferramenta de prevenção. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza a maioria das vacinas contra diversos tipos de meningite, com exceção da do sorotipo B. Esta última pode ser adquirida em clínicas privadas com valores variando entre R$ 650 e R$ 850 por dose. A incorporação desta vacina ao SUS ainda está em análise, aguardando maiores evidências científicas.
- Quimioprofilaxia: Em resposta aos casos suspeitos, busca-se ativamente nas unidades de saúde da capital e interior. Quando identificados, iniciam-se os procedimentos de quimioprofilaxia em locais como escolas e abrigos, visando evitar o desenvolvimento da doença e a disseminação de novos casos.
- Diagnóstico rápido: O Laboratório de Biologia Molecular de Alagoas, Lacen, está centralizando os diagnósticos dos casos suspeitos, oferecendo resultados em até 24 horas. Esta agilidade é crucial para a adoção de medidas preventivas e terapêuticas.
Tratamento:
É vital que o diagnóstico seja feito rapidamente, pois o tratamento eficaz depende do início precoce. A terapia geralmente envolve antibióticos intravenosos, hospitalização e, às vezes, tratamentos adicionais para prevenir complicações.
É crucial que a população esteja informada e atenta aos sintomas, buscando ajuda médica rapidamente e aderindo às campanhas de vacinação para conter o avanço da doença.