
A primeira captação de órgãos realizada no Hospital Regional da Mata (HRM), em União dos Palmares, trouxe esperança e vida para cinco pacientes alagoanos que aguardavam por um transplante. A captação inédita ocorreu nesta segunda-feira (28) após a autorização da família de uma paciente de 33 anos, que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e evoluiu para morte cerebral.
O gesto solidário da família permitiu a captação de cinco órgãos — fígado, dois rins e duas córneas —, beneficiando pacientes que estavam na lista de espera da Central de Transplantes de Alagoas. Cada um dos órgãos será destinado a pessoas que necessitam urgentemente dos transplantes, incluindo pacientes que há anos enfrentam a espera e os desafios da rotina de diálise ou perda da visão.
A importância desse procedimento pioneiro no HRM foi destacada pelo secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, que comemorou a ampliação das captações de órgãos no sistema de saúde alagoano. “Esse é um momento de celebração e gratidão, pois estamos salvando e transformando vidas. Graças ao ato generoso de uma família, cinco alagoanos terão uma nova oportunidade de vida”, ressaltou.
Geany Vergeth, diretora do HRM, enfatizou o impacto direto da doação para os pacientes que dependem dos transplantes. “Cada órgão captado representa uma nova chance de vida e saúde para aqueles que aguardam com esperança. O dia de hoje ficará marcado na história do nosso hospital, mas, acima de tudo, é um marco de esperança para os pacientes e suas famílias”, declarou.
Uma lista de esperança
Com mais de 498 pacientes ainda na fila de espera por um órgão em Alagoas, a doação de órgãos é essencial para reduzir esse número. Entre eles, 485 pessoas aguardam por um transplante de córnea, 11 por um rim, um paciente espera por um fígado, e um necessita de um novo coração. A Central de Transplantes de Alagoas, que contabilizou 116 transplantes este ano, vê nessa primeira captação do HRM um exemplo da importância da doação.
A coordenadora da Central de Transplantes, Daniela Ramos, enfatizou a relevância de discussões familiares sobre a doação. “O número de pacientes que podem ter sua vida transformada é enorme, mas é essencial que as famílias estejam preparadas para autorizar a doação em momentos delicados. Cada doação traz a chance de uma nova vida para outra pessoa”, reforçou.