Pode parecer surpreendente, mas as moscas domésticas comuns que esvoaçam em nossas casas e locais de trabalho são mais do que apenas uma irritação. São transmissores potenciais de várias doenças perigosas para os humanos. Vamos analisar cinco dessas doenças e como podemos prevenir a propagação dessas pragas incômodas e perigosas.
- Disenteria: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as moscas domésticas são vetores conhecidos de disenteria, uma infecção gastrointestinal grave que causa diarreia com sangue, febre e cólicas abdominais.
- Febre Tifoide: De acordo com um estudo publicado na revista científica “PLOS Neglected Tropical Diseases” (2017), as moscas podem transmitir a Salmonella typhi, a bactéria causadora da febre tifoide, uma doença que apresenta sintomas como febre alta, dor abdominal e dores de cabeça.
- Cólera: As moscas também são conhecidas por transmitir o Vibrio cholerae, o agente da cólera. Esta doença, conforme relatado pela OMS, provoca diarreia aquosa grave, que pode levar à desidratação e até à morte se não for tratada rapidamente.
- Salmonelose: As moscas podem transportar a Salmonella, bactéria responsável pela salmonelose, uma doença comum transmitida por alimentos que causa diarreia, febre e dores abdominais.
- Giardíase: Segundo um estudo da “Journal of Medical Entomology” (2015), as moscas podem transmitir a Giardia, um parasita microscópico que causa a giardíase, uma infecção intestinal que provoca diarreia, gases e cólicas estomacais.
A prevenção dessas doenças passa por controlar a população de moscas e manter um ambiente limpo. A OMS recomenda práticas de higiene, como a limpeza regular das áreas de preparação e armazenamento de alimentos. Além disso, é importante garantir a correta disposição do lixo, utilizando recipientes fechados e garantindo a coleta regular.
Barreiras físicas como telas e mosquiteiros podem impedir a entrada de moscas. O uso de repelentes químicos e armadilhas é outra opção, embora o uso de inseticidas seja considerado um último recurso devido aos seus riscos à saúde humana e ao meio ambiente.
O controle biológico, que envolve o uso de organismos naturais que se alimentam ou parasitam as moscas, como certos tipos de besouros e parasitas, é encorajado pela OMS. Dessa forma, podemos minimizar os riscos à saúde humana, preservando simultaneamente o papel ecológico que as moscas desempenham no nosso ecossistema.