
Um estudo publicado recentemente na revista científica The Lancet Neurology apontou um aumento de 15% nos casos de AVC (acidente vascular cerebral) em pessoas com menos de 70 anos entre 1990 e 2021, destacando a necessidade urgente de prevenção e conscientização, especialmente entre adultos jovens.
O AVC, que ocorre por interrupção ou redução no fluxo sanguíneo ao cérebro, já é a terceira principal causa de morte global, atrás apenas de doenças cardíacas e da Covid-19.
No Brasil, o cenário preocupa ainda mais: segundo a Rede Brasil AVC, 18% dos casos registrados afetam adultos entre 18 e 45 anos. Fatores como sedentarismo, má alimentação, obesidade e hipertensão são apontados como grandes vilões, sobretudo entre jovens.
A neurologista Angelica Dal Pizzol destaca que “hábitos inadequados podem levar a doenças crônicas como diabetes, hipertensão e até aumento do risco de AVC”, evidenciando que mudanças climáticas e poluição também desempenham um papel importante na saúde cerebral.
Os sintomas de AVC incluem dor de cabeça intensa e súbita, perda de visão, dificuldade para falar, paralisia e tontura. Reconhecer esses sinais é essencial para reduzir sequelas e aumentar as chances de sobrevivência, pois, de acordo com dados do Portal de Transparência do Registro Civil (ARPEN Brasil), o Brasil registra uma média de seis mortes por AVC por hora.
Especialistas recomendam que jovens com histórico familiar de doenças cardiovasculares adotem um estilo de vida mais saudável e busquem acompanhamento médico preventivo.
Embora o Sistema Único de Saúde (SUS) ofereça atendimento emergencial para casos de AVC, a prevenção é a estratégia mais eficaz. Controlar os fatores de risco com uma dieta equilibrada e a prática de atividades físicas são medidas essenciais para reverter a tendência de crescimento dessa doença que atinge cada vez mais jovens.