O mês de abril é de grande importância para a comunidade envolvida na causa autista, pois é inteiramente dedicado à campanha Abril Azul, que tem como objetivo conscientizar a população sobre o autismo. Além disso, é neste período que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) ganha mais visibilidade, o que é fundamental para que a sociedade seja menos preconceituosa e mais inclusiva.
No último domingo (2), foi comemorado pela 16º vez o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Esta data foi criada em dezembro de 2007 e aprovada durante a Assembleia Geral da ONU, em janeiro de 2008, em votação unânime.
Para aqueles que não conhecem o autismo, é importante que entendam que ele se trata de um transtorno do neurodesenvolvimento, que não possui características próprias, e tampouco são visíveis fisicamente. Ou seja, nem sempre será fácil identificá-lo, pois se trata de um espectro, o que significa que nenhum autista é igual ao outro, e que cada um representa o transtorno ao seu próprio modo.
No entanto, esse fato faz com que muitas pessoas reproduzam falas capacitistas como “nossa, ele(a) nem parece ser autista!”. Diante disso, os engajados na causam sempre destacam que esse pensamento é equivocado e preconceituoso, pois os autistas possuem características, por vezes, singulares, seja em menor ou maior grau. Os envolvidos na campanha também procuram enfatizar que quem possui TEA pode fazer muitas coisas na sociedade.
Por último, mas não menos importante de frisar, a cor azul representa o espectro nas campanhas nas ruas, nas redes sociais, nos jornais e na TV, que ajudam a combater o capacitismo no dia a dia. Isso porque, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% das crianças diagnosticadas com o autismo são do sexo masculino.
Além disso, também existe uma fita para o autismo, que é estampada por uma quebra-cabeças colorido, que representa a sua complexidade. E as cores diferentes representam a diversidade de pessoas.