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São Paulo

Caso Vitória: Polícia descarta pai como suspeito e avança em investigação

Vitória Regina desapareceu no dia 26 de fevereiro, após sair do shopping onde trabalhava e pegar um ônibus rumo a sua casa.

Publicado: | Atualizado em 11/03/2025 14:39


Vitória estava desaparecida desde o dia 26 de fevereiro | @ Reprodução
Vitória estava desaparecida desde o dia 26 de fevereiro | @ Reprodução

A Polícia Civil de São Paulo afirmou nesta segunda-feira (10) que Carlos Alberto Souza, pai de Vitória Regina de Sousa, não é investigado pelo assassinato da jovem. A declaração foi dada pelo delegado Luiz Carlos do Carmo, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (DEMACRO), que reforçou que não há qualquer indício da participação do pai na tragédia.

Prisão de suspeito e novas investigações

A investigação segue focada em Maicol Antonio Sales dos Santos, preso no sábado (9), após a análise de provas que o ligam diretamente ao crime. Segundo Carmo, Maicol é apontado como um dos autores do homicídio brutal, que envolveu degola, facadas e possível tortura.

Vestígios de sangue foram encontrados no Toyota Corolla de Maicol, que foi visto próximo ao local do crime. O resultado do exame de DNA que pode confirmar se o sangue pertence a Vitória deve sair em cerca de um mês.

Outros dois nomes também seguem sob análise: Daniel Lucas Pereira e o ex-namorado de Vitória, Gustavo Vinicius Moraes. Segundo a polícia, Maicol conhecia ambos, e todos residiam no mesmo bairro da vítima, Ponunduva, em Cajamar.

Indícios contra Daniel Lucas Pereira

A polícia indicou que pode solicitar novamente a prisão de Daniel Lucas Pereira, após descobrir que ele teria gravado, diversas vezes, o trajeto feito por Vitória do ponto de ônibus até sua casa. O delegado Carmo levantou a hipótese de que as filmagens poderiam ser um estudo para a abordagem da vítima.

Relatos de testemunhas e pressão na investigação

Vizinhos de Maicol relataram terem ouvido gritos vindos de sua casa na época do desaparecimento de Vitória, levantando a suspeita de que o local tenha sido usado como cativeiro antes da morte da jovem.

O delegado também revelou que algumas testemunhas teriam sido ameaçadas para alterarem seus depoimentos, o que adiciona um novo obstáculo à investigação.

Divergências no depoimento de Maicol

Preso no sábado, Maicol negou envolvimento e alegou que estava em casa com a esposa na noite do crime. No entanto, sua própria esposa apresentou uma versão diferente, afirmando que não estava com ele, mas sim na casa da mãe.

Além disso, testemunhas indicaram que Maicol movimentou seu carro várias vezes naquela noite e que, diferente do habitual, ele manteve o veículo dentro da garagem em vez de deixá-lo na rua.

Entenda o caso

Vitória Regina desapareceu no dia 26 de fevereiro, após sair do shopping onde trabalhava e pegar um ônibus rumo a sua casa. Imagens de câmeras de segurança registraram seus últimos momentos antes do sumiço.

A jovem demonstrou medo ao relatar para uma amiga, via WhatsApp, que dois homens no ponto de ônibus estavam agindo de forma suspeita. Inicialmente, esses indivíduos chegaram a ser considerados suspeitos, mas a polícia confirmou que eles estavam em outro local no momento do crime.

A polícia já ouviu 18 testemunhas e segue buscando elucidar os detalhes do caso, focando em identificar todos os envolvidos no assassinato e suas reais motivações.

Com a prisão de Maicol e o aprofundamento das investigações, a expectativa é de que novos desdobramentos possam esclarecer completamente a barbárie cometida contra Vitória Regina de Sousa.


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