Professores cobram pagamento dos precatórios em São José da Laje

Segundo uma das professoras da comissão de acompanhamento, os professores não receberam nenhuma parcela.

Professoras que fazem parte da comissão de acompanhamento dos precatórios do Fundef | @ Reprodução

Professoras que fazem parte da comissão de acompanhamento dos precatórios do Fundef | @ Reprodução

A comissão de acompanhamento dos precatórios do Fundef, formada por professoras de São José da Laje, procurou a reportagem do Portal BR104 para reivindicar o pagamento do dinheiro.

Esse grupo foi formado para acompanhar e fiscalizar o processo de pagamento dos precatórios e registrado no cartório com esse objetivo em 31 de janeiro de 2022.

Segundo uma das professoras da comissão, os professores não receberam nenhuma parcela. O que eles receberam foi os juros da primeira, que devia ser paga em 2023. Desse modo, a primeira e a segunda parcela estão acumuladas.

“Na verdade, não recebemos nenhuma parcela. Nós recebemos os juros da primeira parcela, que era para ser paga, e foi depositada em 2023. Então, os juros foram recebidos em cima da primeira parcela. Nós queremos receber a primeira e a segunda parcela. É esse o nosso objetivo. A nossa luta não parou. Só vamos parar quando o nosso dinheiro estiver na conta”, diz a professora.

Questionada sobre a prefeita Ângela Vanessa ter dito que os precatórios foram pagos, a educadora conta que existe uma “contrariedade”, pois somente os juros da primeira parcela foram pagos, e não a parcela em si.

Outra professora conta como tem sido difícil passar por acusações que causam constrangimento, quando o que a categoria quer é ter seus direitos atendidos.

“Os obstáculos são muitos, são árduos. São acusações que, de fato, nos causam constrangimento. Nós não fazemos politicagem. É uma luta em prol da categoria. Politicagem se faz em cima de proveito próprio, e isso nós não fazemos”, conta a segunda professora.

De acordo com a educadora, o dinheiro para o grupo de 60 professores está bloqueado devido a um TAC assinado e elaborado pelo prefeito de São José da Laje em 2017 e aprovado pelos vereadores. O termo permitia que o gestor aplicasse esse dinheiro em qualquer gasto dentro da Educação e não concedesse nada para o professor.

A segunda professora conta que a Secretaria de Educação chegou a elaborar planilhas de gastos que foram fechadas em 100%, para não ter bonificação para os professores.

Diante disso, a categoria fez um pedido de bloqueio junto com um advogado. Tal bloqueio foi concedido para que o dinheiro não fosse gasto totalmente com outras coisas. A educadora afirma que, segundo as leis federais, 40% é da Prefeitura e 60% dos professores.

“Se eles sentem alguma dificuldade em pagar, que sejam transparentes, sejam claros, porque o professor merece consideração e respeito de saber tudo o que está acontecendo”, diz ela.

Segundo a Justiça, o dinheiro dos professores está em uma conta na Caixa Econômica Federal. Os professores questionam o que impede o pagamento.

Assista a reportagem completa no topo da matéria.