Neste domingo (31/7), uma reportagem do Fantástico mostrou um caso da Polícia Federal que investiga um esquema de corrupção milionário na prefeitura de Rio Largo, região metropolitana de Maceió.
De acordo com a Polícia Federal, verbas que deveriam ser destinadas a população de Rio Largo estariam sendo desviadas.
Câmeras flagraram, por diversas vezes, dois carros se encontrando em um beco e a partir daí um pacote, que suspostamente continha dinheiro público, era entregue pela janela. O esquema envolve o prefeito Gilberto Gonçalves, que já se envolveu em outras polêmicas anos atrás.
Segundo as investigações, saques contínuos de R$ 49 mil eram realizados por dois homens, que ocupavam um dos carros. Os homens representavam a empresa Litoral Construções e Serviços, que já arrecadou cerca de R$ 4 milhões nos últimos 4 anos para fornecer materiais de construção com a prefeitura.
As transações eram realizadas sempre com a mesma quantia para que não fossem identificados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). Porém, como o saque era feito repetidas vezes, a ação começou a ser investigada.
No relatório da Polícia Federal, Gilberto é apontado como “o principal autor dos crimes e coordenador da ação dos demais investigados”. Além disso, o pacote entregue por representantes da Litoral para funcionários do prefeito continha dinheiro em espécie.
No momento, as investigações seguem suspensas temporariamente, sob alegação de que como há um prefeito envolvido, o caso deveria estar na Justiça Federal e não na justiça local. A decisão foi emitida pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que decidirá se a PF pode ou não continuar com a investigação.