A Secretaria Municipal de Cultura emitiu um comunicado oficial na última quarta-feira (30), no qual expressou sua intenção de tomar todas as medidas necessárias para recuperar os R$ 50 mil que foram pagos à empresa Suave. A empresa foi contratada para realizar uma apresentação de dança no CIEP municipal Luiz Carlos Prestes, localizado na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A apresentação ocorreu ao som da música “Olha os cavalo (sic) no cio”. A Secretaria ressaltou que a Prefeitura do Rio já tomou medidas imediatas para proibir o grupo de realizar qualquer apresentação nas unidades da rede municipal.
Além disso, a Secretaria Municipal de Cultura expressou seu repúdio veemente ao conteúdo da apresentação feita pelo grupo Suave. A apresentação, que foi inscrita como de classificação livre em um edital público no ano de 2022, foi selecionada por uma comissão independente, de acordo com a Secretaria. A polêmica apresentação, que ocorreu no dia 22 de agosto, rapidamente se espalhou pelas redes sociais, gerando indignação inclusive por parte do prefeito Eduardo Paes.
O vídeo da apresentação mostra uma dançarina usando uma máscara de cavalo, que inicia uma performance “galopando” sobre um homem. A dança continua ao ritmo do funk de autoria de MC Cavalo, cuja letra faz menção explícita a um cavalo no cio. A apresentação também inclui outras cenas provocativas, incluindo referências a atos sexuais. O evento foi testemunhado por várias crianças, o que intensificou a revolta.
O prefeito Eduardo Paes expressou sua indignação em um vídeo publicado na segunda-feira anterior, destacando que o evento é completamente inadequado para um público infantil. Ele declarou que a escola é um ambiente para aprendizado e desenvolvimento de habilidades, e enfatizou sua determinação em reforçar o controle sobre apresentações e atividades realizadas nas escolas municipais.
A Secretaria Municipal de Educação também emitiu uma nota de repúdio à apresentação, responsabilizando o grupo de dança pelo conteúdo inadequado apresentado às crianças. A pasta alegou que o grupo agiu de má-fé ao enviar uma proposta para um espetáculo de classificação livre, mas acabou exibindo conteúdo claramente inapropriado para o público infantil. Em resposta, foi iniciada uma sindicância para investigar a situação, e o grupo foi proibido de se apresentar em unidades municipais.