Reforma da Previdência — O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), relator da reforma da Previdência, declarou nessa quinta-feira (8), a necessidade dos senadores da Casa, aprovar a medida sem qualquer alteração. Segundo o relator, uma mudança no texto faria a proposta voltar para análise da Câmara.
“Há uma idéia que me parece também ser consenso aqui: o Brasil não suportaria que esse projeto da Câmara voltasse para a Câmara; e, na Câmara, fosse aberta uma outra comissão especial, o que levaria a outra discussão no plenário, o que faria retornar o projeto para cá e levar essa reforma para o ano que vem.(…) O país não suportaria isso. O nosso país não suportará que uma questão como essa se prolongue tanto tempo”, defendeu.
Além disso, o senador disse que tem a intenção de apresentar seu parecer a respeito da constitucionalidade em até três dias. Tasso ainda afirmou que não tem intenção de mudar nada do que foi aprovado na Câmara, e o que não foi contemplado possa vir por por meio de uma PEC paralela.
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No período da tarde, o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), recebeu o texto da reforma da Previdência aprovada pelos parlamentares. A expectativa é que a reforma venha ser aprovada no final de setembro e começo de outubro.
Mesmo sem ter chegado no Senado, parlamentares do Estado de Alagoas já teriam falado sobre o assunto e até mesmo sugerido algumas mudanças no texto original.
Em maio deste ano, o senador Renan Calheiros (MDB), havia dito ao site UOL que: “A cada dia sou mais descrente no resultado favorável desta reforma pelo avassalador desgaste a que o governo tem se submetido.”
Além disso, ele ressaltou que a Reforma da Previdência deve ser feita, entretanto, se mostrou contra os itens que chegam a atacar os trabalhadores brasileiros com baixa renda.
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Para o senador Rodrigo Cunha, a reforma da Previdência precisa de ajustes. Segundo o parlamentar, é necessário ter olhos diferenciados para o BPC e também para a aposentadoria rural: “Existe um desgaste físico e emocional das pessoas que trabalham no campo. Mexer nesses dois aspectos é um erro”, explicou.
Já Fernando Collor (Pros), foca seu discurso nos trabalhadores rurais. Segundo ele é preciso diferenciar algumas medidas na reforma: “No Norte e no Nordeste, lavradores com pouco mais de 40 anos de idade têm aparência e capacidade física de pessoas de 60 anos. As condições são ainda mais penosas para as mulheres, que geram e cuidam dos filhos, além de proverem água e alimento para a sua família” finaliza o senador.
De acordo com o relator, durante a tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, a comissão que ira avaliar a matéria antes da votação no plenário, tem a pretensão de ouvir mais e falar menos.