Política — Terminou às 23h59 dessa terça-feira (17) o prazo para que o vice-prefeito do município de União dos Palmares, José Alfredo Soares Lins Wanderley, o Zé Alfredo (PHS), devolvesse ao Tesouro Nacional a quantia de R$ 41.600,00, referente às eleições de 2018, quando este disputou a vaga de deputado estadual por Alagoas.
No último dia 10, Zé Alfredo foi intimado pelo coordenador da Coordenadoria de Registros Partidários, Autuação e Controle de Feitos (CRPACF), David Magalhães de Azevedo, a devolver o valor já mencionado, no prazo de 5 dias, a contar do dia 11 de setembro, data da publicação da decisão.
De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL), o então candidato teria recebido recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), no montante de R$ 41,6 mil, sendo que R$ 40 mil, doado pela Direção Estadual do Avante em Alagoas, e R$ 1,6 mil, doado pelo candidato a deputado federal Givaldo Carimbão.
Ainda segundo TRE, Alfredo não teria comprovado a efetiva e regular aplicação na campanha, sugerindo o recolhimento desse valor ao Tesouro Nacional. Desde o acordão, realizado no dia 13 de março deste ano, Zé Alfredo ainda não devolveu os valores já citados.
O que diz Z.A?
Ao BR104, Zé Alfredo afirmou que através da assessoria jurídica montada para os assuntos de campanha, foram realizadas as devida prestações de contas referentes às eleições de 2018, de forma correta. “Fizemos a parcial, que foi entregue ao TRE, e fizemos a segunda fase, que seria a última, no dia 8 de novembro”, disse Z.A.
“Eu, como candidato, prestei conta da forma correta. O partido disponibilizou pra gente uma assessoria jurídica e uma contábil e que a gente precisaria prestar contas com elas. O que acontece? De forma negligente ou de forma propositada, a contabilidade do partido não enviou as informações que prestei nas eleições de 2018”, acrescentou.
O candidato também afirmou que está com todas as ‘provas em mãos’ e que já moveu uma ação contra o partido político Avante Alagoas, além de ter entrado com uma ação pendido um novo prazo para apresentar a prestação de contas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AL), uma vez que Zé alega ‘não ter sido comunicado’ sobre a intimação.
Para ele, devolver o dinheiro seria ‘assinar uma confissão de culpa’. “Se fosse para pagar esse recurso e eu estivesse livre desse problema, não teria problema algum. Mas, se eu devolver esse dinheiro, eu vou assinar uma confissão de culpa, culpa que eu não tive, como se eu não tivesse prestado conta”, finalizou.
