Tratamento dentário de Marco Feliciano custou R$ 157 mil à Câmara dos Deputados

"Sou político e pregador. Minha boca é minha ferramenta”, diz o parlamentar sobre tratamento odontológico

Tratamento dentário de Marco Feliciano custam R$ 150 mil a Câmara Federal — © DIDA SAMPAIO

Tratamento dentário de Marco Feliciano custam R$ 150 mil a Câmara Federal — © DIDA SAMPAIO

Política — As noticias que englobam o meio político nos últimos dias vem deixando a população brasileira cada dia mais desacreditada não apenas em partidos, mas também nos serviços prestados por alguns parlamentares e como o dinheiro público é gasto no Brasil pelas “autoridade”.

Como se não bastasse a aprovação de um projeto no Congresso Nacional que autoriza a União conceder recursos públicos para a reforma de residências dos ministros do Executivo, integrantes do Judiciário e do Legislativo. A Câmara dos Deputados resolveu ir mais além e desembolsou cerca de R$ 157 mil para o tratamento odontológico do deputado federal e pastor, Marco Feliciano (Podemos-SP).

Segundo os argumentos do parlamentar, havia a necessidade de uma correção na articulação da mandíbula e que também precisava reconstruir o sorriso com coroas e implantes na boca.

O valor do tratamento odontológico foi confirmado pelo próprio deputado a um jornal paulista. Além disso, ele disse que vinha sofrendo bastante com dores crônicas relacionadas ao bruxismo.

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“Não desejo para ninguém, sou político e pregador. Minha boca é minha ferramenta.”, ressalta o deputado federal que também é pastor da Catedral do Avivamento, uma igreja neopentecostal ligada à Assembleia de Deus.

O parlamentar fez o pedido do reembolso da verba gasta no tratamento em abril, à área de perícia da Câmara dos Deputados, mas o pedido acabou sendo rejeitado por uma equipe técnica.

O motivo da rejeição se dava a uma incompatibilidade nos valores apresentados pelo parlamentar em relação aos preestabelecidos pela Casa, além de mostrar problemas nas descrições por parte dos procedimentos.

Mesmo com o pedido rejeitado pela Câmara, Marco Feliciano recorreu da decisão junto com um laudo de seu médico particular. Porém, sete parlamentares que compõem a Mesa Direto acabaram aprovando o gasto do deputado.

Vale lembrar que todo deputado tem um plano médico vinculado à Caixa Econômica Federal, que custeia todas as despesas como serviços médicos quanto odontológicos, fazendo com que o parlamentar possa ser reembolsado.

A Câmara passou a autorizar automaticamente despesas parlamentares no valor de até R$ 50 mil. Ainda assim, valores que ultrapassam esse limite têm que passar por aprovação da Mesa Diretora, podendo aprovar qualquer quantia.