O senador Chico Rodrigues (DEM-RJ) retornou ao Congresso Nacional nesta quinta-feira (18/02), após uma licença de 121 dias para, segundo justificativas, tratar de assuntos pessoais. Em outubro de 2019, ele foi flagrado tentando esconder R$ 33 mil na cueca durante uma operação da Polícia Federal (PF).
Em uma publicação nas redes sociais, o parlamentar informou ter encaminhado uma carta aos colegas do Senado com explicações sobre o ocorrido. No documento, Rodrigues descarta que tenha cometido irregularidades e diz que agiu dominado “pelo pânico e pelo medo”.
“Confesso que, num dado momento, em meio ao transtorno, fiquei mesmo em dúvida se se tratava de uma operação policial ou de ação de uma quadrilha especializada. Estava dominado pelo pânico e pelo medo. Por aquele momento de desespero, quero pedir desculpas a todos se não consegui manter o comportamento de equilíbrio mais adequado. Poderia ter tido uma reação psicológica melhor? Certamente”, diz o senador na carta.
A PF chegou ao parlamentar durante uma investigação sobre desvios de recursos públicos destinados ao combate à Covid-19, em Roraima. O senador, que ocupava a vice-liderança do governo na Casa, negou irregularidades e disse que o dinheiro seria usado para pagar funcionários. Ele era alvo de busca e apreensão.
O caso dele nunca chegou a ser analisado pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado – que se reuniu pela última vez em setembro de 2019. A licença de Chico terminou nesta quarta-feira (17), quando o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou o retorno ao cargo.
O senador é investigado por suposta participação em esquema de fraude e dispensa de licitações, peculato e organização criminosa voltada ao desvio de recursos federais destinados ao combate da pandemia em Roraima.
*com informações de Agências
Senador Chico Rodrigues (DEM-RR) foi flagrado escondendo R$ 33 mil na cueca — © Veja