PSB instaura processo contra parlamentares que votaram a favor da reforma da Previdência

A Legenda do partido poderá punir os divergentes com advertência, suspensão e até expulsão

Legenda poderá punir os divergentes com advertência, suspensão e até expulsão — © Reprodução/Internet

Legenda poderá punir os divergentes com advertência, suspensão e até expulsão — © Reprodução/Internet

Política — O Conselho de Ética do PSB decidiu abrir processo interno contra os 11 deputados federais que votaram a favor da reforma da Previdência contra a decisão da direção nacional do partido que determinou orientação contrária à proposta.

A decisão foi tomada na segunda-feira (15), com o Conselho de Ética acatando a representação feita por seis segmentos sociais organizados do partido que questionaram oficialmente a votação dos parlamentares. Se houver punição para o caso, ela pode ir de advertência até expulsão.

Os onze deputados do PSB que votaram a favor da reforma da Previdência e contra a orientação do partido na última semana, terão treze dias para apresentar a defesa.

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Fizemos uma reunião para avaliar a pertinência da representação A votação divergente da orientação do partido dá fundamento para recebê-la, instruir o processo e depois repassa-lo ao Diretório Nacional para a decisão final”, disse o presidente do conselho de ética do partido, Alexandre Navarro.

Representantes de segmentos sociais do PSB pediram na semana passada censura pública, cancelamento de filiação, expulsão dos deputados, além da devolução dos recursos públicos destinados pelo partido à campanha deles.

O PSB foi o partido de esquerda com mais votos a favor da reforma, 11 em 32 votos. O PDT, com 8 votos sim, também é outro partido que ameaça punir os deputados que foram contra a orientação da bancada. Eles já são sondados por partidos de centro.

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Os alvos de processo no PSB são: Átila Lira (PI), Emidinho Madeira (MG), Felipe Carreras (PE), Felipe Rigoni (ES), Jefferson Campos (SP), Liziane Bayer (RS), Luiz Flávio Gomes (SP), Rodrigo Agostinho (SP), Rodrigo Coelho (SC), Rosana Valle (SP) e Ted Conti (ES).

A abertura de processo não é inédita. Em 2017, a direção do PSB puniu parlamentares que votaram para barrar as investigações contra o então presidente Michel Temer (MDB), também em desrespeito à decisão do partido.