Procurador suspeito de receber propina em obras do metrô é preso pela Lava Jato

Investigação aponta que Renan Saad recebeu R$ 1,3 milhão da Odebrecht para avalizar novo traçado

Metrô na Barra da Tijuca, Linha 4 — © Marcos Serra Lima/G1

Metrô na Barra da Tijuca, Linha 4 — © Marcos Serra Lima/G1

Política — Agentes da Lava Jato no Rio de Janeiro prenderam, na manhã desta segunda-feira (1°), em cumprimento de mandado expedido pela Justiça em nova fase da operação, o procurador do estado Renan Saad. Ele foi preso em casa, em São Conrado, na Zona Sul.

A operação foi desencadeada após a delação premiada do ex-diretor de contratos da empreiteira Odebrecht Marcos Vidigal do Amaral. Saad foi preso sob suspeita de ter recebido propina em obras do metrô do Rio, no valor de R$ 1,265 milhão em pagamentos da Odebrecht para mudar o traçado da expansão do metrô do Rio.

As obras da Linha 4 foram iniciadas em março de 2010, pelo Trecho Oeste, enquanto que as obras do Trecho Sul só foram iniciadas em outubro de 2012. As alterações avalizadas por Saad encareceram em mais de 11 vezes o valor da obra. Em 1998, o projeto foi orçado em R$ 880 milhões. A Linha 4 custou aos cofres públicos R$ 9,6 bilhões.

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A força-tarefa afirma que, somente da Odebrecht, o governo do RJ recebeu R$ 59,2 milhões em propinas relativas à expansão do metrô. A Linha 4 do metrô liga a Zona Sul à Barra, na Zona Oeste, e foi entregue para os Jogos Olímpicos de 2016.

De acordo com a investigação, os pareceres emitidos pelo procurador foram “fundamentais” para a viabilização das obras do sistema metroviário.

*Da Redação com Agências