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Política

Prefeito investigado por ligação com facção criminosa é preso antes da posse; filho assume prefeitura

Além da prisão de Braguinha, foram cumpridos mandados de busca e apreensão e afastamento de servidores municipais.

Publicado: | Atualizado em 02/01/2025 11:33


Prefeito reeleito de Santa Quitéria, Braguinha | @ Reprodução
Prefeito reeleito de Santa Quitéria, Braguinha | @ Reprodução

Santa Quitéria, CEJosé Braga Barrozo (PSB), prefeito reeleito de Santa Quitéria e conhecido como “Braguinha“, foi preso nesta quarta-feira (1º) pouco antes de tomar posse para seu segundo mandato. Ele é investigado por suspeita de envolvimento com uma facção criminosa de origem carioca, que teria influenciado diretamente o resultado das eleições municipais de 2024.

A operação foi realizada pela Polícia Federal em conjunto com a Polícia Civil do Ceará, com base em mandado expedido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE). No mesmo dia, a Câmara de Vereadores elegeu a chapa presidida por Joel Barroso, filho de Braguinha, para a Mesa Diretora. Com isso, Joel assumiu interinamente a prefeitura.

A investigação aponta que uma organização criminosa teria atuado para beneficiar Braguinha durante as eleições, utilizando práticas como coação eleitoral, compra de votos e intimidação de adversários e eleitores. Segundo a Polícia Federal, “chefes da organização forneceram apoio financeiro e logístico aos investigados, influenciando diretamente o resultado eleitoral”.

Além da prisão de Braguinha, foram cumpridos mandados de busca e apreensão e afastamento de servidores municipais.

O vice-prefeito eleito, Francisco Gardel Mesquita Ribeiro (PSB), conhecido como “Gardel Padeiro”, também é investigado por envolvimento no esquema, mas não foi preso. Contudo, ele foi impedido de assumir o cargo.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) afirmou que Braguinha foi favorecido pelo Comando Vermelho, organização criminosa que teria ameaçado eleitores e adversários, incluindo o candidato opositor Tomás Figueiredo (MDB). Além disso, investigações revelaram que servidores da prefeitura teriam entregado um veículo de luxo a um traficante no Rio de Janeiro, reforçando a ligação entre os gestores e o grupo criminoso.

O MPE pediu a cassação de Braguinha e Gardel Padeiro, bem como a inelegibilidade de ambos por oito anos. A candidata a vereadora Kylvia de Lima (PP) também foi acusada de participação no esquema.

Em nota, Braguinha e Gardel Padeiro negaram as acusações, classificando-as como uma tentativa de desestabilizar a gestão municipal. “Toda essa discussão na mídia reflete ações orquestradas por grupos que não aceitaram sua derrota nas últimas eleições”, afirmaram.


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